sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Papa escreve carta para explicar objetivos do Ano da Vida Consagrada

O Papa Francisco escreveu uma carta a todos os religiosos e religiosas da Igreja Católica, divulgada hoje no Vaticano, pedindo-lhes que sejam um modelo de fraternidade para o mundo atual.

“Numa sociedade do confronto, da difícil convivência entre culturas diferentes, da exploração dos mais fracos, das desigualdades, somos chamados a oferecer um modelo concreto de comunidade que, através do reconhecimento da dignidade de cada pessoa e da partilha do dom que cada um transporta, permita viver relações fraternidade”, refere a missiva, que tem data de 21 de novembro, festa litúrgica da Apresentação de Maria.

O texto visa explicar os objetivos, expectativas e horizontes do Ano da Vida Consagrada que tem início marcado para este domingo.

Espero de vós aquilo que peço a todos os membros da Igreja: sair de si para ir ao encontro das periferias existenciais”, escreve o Papa Francisco.

O Papa elogia o caminho de renovação da Vida Consagrada nos 50 anos que se seguiram ao Concílio Vaticano II, afirmando que, apesar de todas as fragilidades, é preciso apresentar hoje “a santidade e a vitalidade” presentes nos membros dos vários institutos.

O Ano da Vida Consagrada vai prolongar-se até 2 de fevereiro de 2016, festa litúrgica da Apresentação de Jesus e dia tradicionalmente dedicado aos religiosos e religiosas.

Francisco convida todos a “olhar o passado com gratidão”, por tudo o que a Vida Consagrada já deu à Igreja, chegando hoje a “novos contextos geográficos e culturais”.

Neste sentido, mais do que uma “arqueologia”, os religiosos são desafiados a “percorrer de novo o caminho das gerações passadas”, dos fundadores das ordens e congregações, para colher a sua inspiração.

O Papa pede, por isso, que os consagrados vivam o presente “com paixão”, deixando-se interpelar pelo Evangelho e tendo Jesus Cristo como “primeiro e único amor”.

“A fantasia da caridade não conheceu limites e soube abrir incontáveis caminhos para levar o sopro do Evangelho às culturas e aos mais diversos âmbitos sociais...”, assinalou.

A carta deixa uma palavra de esperança para o futuro, apesar de problemas como a diminuição das vocações e do envelhecimento, sobretudo no mundo ocidental, a globalização, a crise económica, o relativismo e a “irrelevância social”.

Francisco, primeiro Papa jesuíta da história, apresenta como marca dos religiosos a “alegria”, numa sociedade que ostenta o “culto da eficiência”, e a “profecia”, para denunciar “o pecado e as injustiças”.

O texto deixa indicações precisas quanto à necessidade de agilizar as instituições, com a “reutilização das grandes casas em favor de obras mais adequadas às atuais exigências da evangelização e da caridade”.

O Papa deixa uma palavra de apreço aos leigos que partilham os ideias e a missão dos institutos consagrados, realçando depois que este ano diz respeito a toda a Igreja, que deve agradecer tudo o que recebeu através da “santidade dos fundadores e fundadoras” e da fidelidade dos religiosos e religiosas ao seu carisma.

Após recordar que há consagrados e consagradas noutras confissões cristãs e que o fenómeno do monarquismo existe “em todas as grandes religiões”, o Papa Francisco conclui a sua carta dirigindo-se aos bispos, para que valorizem a Vida Consagrada como algo que “pertence inteiramente” à Igreja Católica, como “elemento decisivo da sua missão”.

Fonte: (Cidade do Vaticano, 28 nov 2014 (Ecclesia)


Leituras e Evangelho de 30/11/2014

LEITURA I Is 63, 16b-17.19b; 64, 2b-7 
«Oh se rasgásseis os céus e descêsseis» 
O Advento começa com um profundo suspiro de fé e de esperança dirigido ao Senhor, “nosso Pai”, “nosso Redentor”, semelhante aos que subiam da boca e do coração dos nossos antepassados na fé, os santos do Antigo Testamento, que viveram antes da vinda do Filho de Deus. Não vamos agora imaginar-nos nos tempos antes de Cristo; mas vamos criar em nós desejos profundos de que Ele, que já veio ao mundo e está no meio de nós, seja por nós reconhecido e acolhido como nosso Salvador, Ele que, de novo, há-de vir e por quem suspiramos. 

Leitura do Livro de Isaías 
Vós, Senhor, sois nosso Pai e nosso Redentor, desde sempre, é o vosso nome. Porque nos deixais, Senhor, desviar dos vossos caminhos e endurecer o nosso coração, para que não Vos tema? Voltai, por amor dos vossos servos e das tribos da vossa herança. Oh se rasgásseis os céus e descêsseis! Ante a vossa face estremeceriam os montes! Mas vós descestes e perante a vossa face estremeceram os montes. Nunca os ouvidos escutaram, nem os olhos viram que um Deus, além de Vós, fizesse tanto em favor dos que n’Ele esperam. Vós saís ao encontro dos que praticam a justiça e recordam os vossos caminhos. Estais indignado contra nós, porque pecámos e há muito que somos rebeldes, mas seremos salvos. Éramos todos como um ser impuro, as nossas acções justas eram todas como veste imunda. Todos nós caímos como folhas secas, as nossas faltas nos levavam como o vento. Ninguém invocava o vosso nome, ninguém se levantava para se apoiar em Vós, porque nos tínheis escondido o vosso rosto e nos deixáveis à mercê das nossas faltas. Vós, porém, Senhor, sois nosso Pai e nós o barro de que sois o Oleiro; somos todos obra das vossas mãos. 
Palavra do Senhor. 

SALMO RESPONSORIAL Salmo 79 (80), 2ac e 3b. 15-16.18-19 (R. 4) 
Refrão: Senhor nosso Deus, fazei-nos voltar, mostrai-nos o vosso rosto e seremos salvos. 
Repete-se 

Pastor de Israel, escutai, Vós que estais sentado sobre os Querubins, aparecei. 
Despertai o vosso poder e vinde em nosso auxílio. Refrão 

Deus dos Exércitos, vinde de novo, olhai dos céus e vede, visitai esta vinha. 
Protegei a cepa que a vossa mão direita plantou, o rebento que fortalecestes para Vós. Refrão 

Estendei a mão sobre o homem que escolhestes, sobre o filho do homem que para Vós criastes; e não mais nos apartaremos de Vós: fazei-nos viver e invocaremos o vosso nome. Refrão 

LEITURA II 1 Cor 1, 3-9 
Esperamos a manifestação de Nosso Senhor Jesus Cristo 
O Advento começa por ser o tempo litúrgico especialmente voltado para a última vinda do Senhor. É o tempo da expectativa, vivido na esperança, aguardando a aparição gloriosa do Senhor, que virá coroar o tempo da Igreja com a glória da sua ressurreição. É, portanto, para esta Igreja tempo de vigilância, para que o Dia do Senhor a encontre irrepreensível. 

Leitura da Primeira Epístola do apóstolo S. Paulo aos Coríntios 
Irmãos: A graça e a paz vos sejam dadas da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo. Dou graças a Deus, em todo o tempo, a vosso respeito, pela graça divina que vos foi dada em Cristo Jesus. Porque fostes enriquecidos em tudo: em toda a palavra e em todo o conhecimento; e deste modo, tornou-se firme em vós o testemunho de Cristo. De facto, já não vos falta nenhum dom da graça, a vós que esperais a manifestação de Nosso Senhor Jesus Cristo. Ele vos tornará firmes até ao fim, para que sejais irrepreensíveis no dia de Nosso Senhor Jesus Cristo. Fiel é Deus, por quem fostes chamados à comunhão com seu Filho, Jesus Cristo, Nosso Senhor. 
Palavra do Senhor. 

ALELUIA Salmo 84 (85), 8 
Refrão: Aleluia. Repete-se 
Mostrai-nos, Senhor, a vossa misericórdia e dai-nos a vossa salvação. Refrão 

EVANGELHO Mc 13, 33-37 
«Vigiai, porque não sabeis quando virá o dono da casa» 
A vigilância, já apontada na leitura anterior, é agora inculcada, com todo o rigor, pelo próprio Senhor Jesus. Esta vida é como longa vigília, com os seus tempos sucessivos (as quatro vigílias da noite referidas no texto) aguardando o sol nascente – Cristo – que vem do alto, como todas as manhãs recordamos na Hora de Laudes. A solenidade do Natal, a que o Advento nos conduzirá, vem, em cada ano, antecipar simbolicamente aquela vinda gloriosa do Senhor no último dia, o dia que nos introduz na “vida do mundo que há-de vir”. 

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos 
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Acautelai-vos e vigiai, porque não sabeis quando chegará o momento. Será como um homem que partiu de viagem: ao deixar a sua casa, deu plenos poderes aos seus servos, atribuindo a cada um a sua tarefa, e mandou ao porteiro que vigiasse. Vigiai, portanto, visto que não sabeis quando virá o dono da casa: se à tarde, se à meia-noite, se ao cantar do galo, se de manhãzinha; não se dê o caso que, vindo inesperadamente, vos encontre a dormir. O que vos digo a vós, digo-o a todos: Vigiai!». 
Palavra da salvação. 

domingo, 23 de novembro de 2014

DEUS AMA A QUEM DÁ COM ALEGRIA...

O coração da dona Elvira era muito generoso. Apesar de ser pobre, a boa senhora ajudava sempre todos os necessitados que fossem pedir-lhe uma esmola, em nome de Deus. O seu marido, o senhor Rui, era um honrado motorista, muito trabalhador, mas o seu salário era o modesto valor que recebia pelo serviço feito para os moradores da pequena vila. O que ganhava era apenas suficiente para sustentar a esposa e a filha, Margarida.
Mesmo assim, apoiava os pródigos gestos da sua mulher. E nunca faltava nada naquele humilde lar! Tudo isso devia-se à piedade do casal que, sem deixar de confiar na Providência Divina, era caridoso para com aqueles que necessitavam ainda mais do que eles. Jamais abandonavam a frequência aos Sacramentos, pois sabiam que estes e a oração eram o seu sustento e a sua força. Porém, o tempo passava e a pequena Margarida foi crescendo.
Apesar do bom exemplo dos seus pais, a menina era caprichosa, vaidosa e muito egoísta. Quando ia brincar com as amiguinhas da vizinhança, constantemente era a que deveria ganhar em todos os jogos, e tinha que ser o centro das atenções. Em nada imitava a humildade e a generosidade dos pais.
Quando completou sete anos, a sua madrinha, senhora de certas posses, deu-lhe de presente uma linda boneca, com olhos de vidro e um vestido de princesa. A menina ficou encantada! Logo foi mostrá-la às companheiras. Mas em vez de deixar que cada uma a pegasse nas mãos, acariciasse e embalasse, cheia de apego, nem permitiu que tocassem no seu novo brinquedo, voltando para casa com muita arrogância!
A mãe preocupava-se com a filha, pois via que estava a andar por um caminho bem perigoso e, se continuasse assim, seria uma pessoa muito infeliz e perderia a amizade de Deus. Por isso, pedia muito à Santíssima Virgem por ela. E dava-lhe sempre bons conselhos:
- Filhinha, devemos pensar que assim como Jesus é generoso connosco, devemos ser com os outros. Se ganhaste esta linda boneca, é para que possas brincar junto com as tuas amigas. Nada temos que não tenha vindo da bondade de Deus. Não sejas egoísta!
A menina escutava atenta, mas logo esquecia os bons conselhos da mãe…
Algum tempo depois, começou a catequese para a sua Primeira Comunhão. Margarida ouvia com interesse a catequista contar os milagres de Jesus, como Ele tinha curado os doentes, ajudado os mais necessitados e como era generoso para com todos. O seu pequeno coração foi sendo tocado pela graça e começou a fazer um exame de consciência de como andava mal com as suas atitudes egoístas e caprichosas…
Já na véspera do grande dia, antes mesmo da primeira Confissão, as crianças da catequese tiveram uma Missa preparatória para a mesma. E, numa das leituras, a menina ouviu:
-“Dê cada um conforme o impulso do seu coração, sem tristeza nem constrangimento. Deus ama quem dá com alegria” (II Cor 9, 7).
Aquelas palavras entraram como um raio de fogo no seu coração! Queria ser ela também amada por Deus… Queria sentir a alegria de dar!
 Terminada a Santa Missa, na porta da igreja, Margarida encontrou- se com um mendigo.
A aldeia era pequena e todos se conheciam, mas aquele infeliz mendigo era-lhe totalmente desconhecido. O homem pedia uma esmola, por amor a Deus. Diante de tal súplica, Margarida sentiu-se tocada, pois ainda ressoavam na sua alma as palavras que acabara de ouvir:
-“Deus ama quem dá com alegria”…
Margarida levava sempre no seu pescoço uma correntinha com uma pequena cruz de prata, presente da madrinha, do seu Batismo. Era o objeto pelo qual mais tinha apreço. Sem hesitar e sentindo pela primeira vez a alegria de dar, a menina tirou o estimado objeto e deu-o ao pobre homem. Este olhou-a com extremo afeto e gratidão, e disse-lhe:
- Que Deus lhe pague e recompense!
Tomada de uma rara felicidade, a menina voltou para casa a correr e contou o facto à mãe que, em lágrimas, abraçou a filha, dizendo-lhe:
- Pois minha filha, fica a saber que esta foi a melhor preparação que poderias ter feito para receber Jesus, no Santíssimo Sacramento!
Naquela noite, Margarida teve um sonho.
Jesus aparecia-lhe com a sua cruzinha de prata nas mãos, adornada com as mais belas pedras preciosas. E, sorrindo, perguntava-lhe:
- Conheces este objeto?
Ela respondia-Lhe que sim, mas que não era tão linda como estava agora…
Jesus, então, dizia-lhe:
- Ontem tu deste-a a um mendigo desconhecido, e a virtude da caridade a tornou mais bela! Esse mendigo era Eu! Prometo-te que, no dia do Juízo, na presença dos Anjos e dos homens, mostrarei esta pequena cruz para que a tua glória seja eterna.
Na manhã seguinte, a menina aproximou-se do confessionário, completamente transformada.
Depois de limpar a sua alma dos caprichos e egoísmos, pôde receber Jesus na Eucaristia, com muita consolação e compreendendo o quanto é verdade que “Deus ama quem dá com alegria”.

Reflexão: Ofertar com alegria é fazê-lo de coração, de boa vontade, sentir prazer. Não por necessidade, porque precisa, mas porque quer. Não por obrigação, mas por uma decisão pessoal. Não para pagar por algo, mas em reconhecimento e gratidão por aquilo que Deus é para mim. Não para receber de volta, mas porque Deus já deu tudo. Não para ajudar a merecer o perdão, a paz e a salvação, mas como resposta, como serviço ao Senhor que já deu tudo isso.


sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Esta luz pequenina vou deixá-la brilhar...

Leituras e Evangelho 23/11/2014

LEITURA I Ez 34, 11-12.15-17
«Quanto a vós, meu rebanho, hei-de fazer justiça entre ovelhas e ovelhas»
A figura do Bom Pastor, que se desenha neste oráculo dirigido contra os reis israelitas, maus pastores, nos tempos que antecederam o Exílio, corresponde a um título real. Cristo aplicou a Si mesmo este título de Bom Pastor. Ele veio ao encontro do seu Povo, para cuidar dele e o conduzir à felicidade. Dizer de Cristo que Ele é Rei é outra maneira de O designar como o Pastor do povo de Deus.

Leitura da Profecia de Ezequiel
Eis o que diz o Senhor Deus: «Eu próprio irei em busca das minhas ovelhas e hei-de encontrá-las. Como o pastor vigia o seu rebanho, quando estiver no meio das ovelhas que andavam tresmalhadas, assim Eu guardarei as minhas ovelhas, para as tirar de todos os sítios em que se desgarraram num dia de nevoeiro e de trevas. Eu apascentarei as minhas ovelhas, Eu as levarei a repousar, diz o Senhor Deus. Hei-de procurar a que anda perdida e reconduzir a que anda tresmalhada. Tratarei a que estiver ferida, darei vigor à que andar enfraquecida e velarei pela gorda e vigorosa. Hei-de apascentá-las com justiça. Quanto a vós, meu rebanho, assim fala o Senhor Deus: Hei-de fazer justiça entre ovelhas e ovelhas, entre carneiros e cabritos».
Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 22 (23), 1-2a.2b-3.5-6 (R. 1)
Refrão: O Senhor é meu pastor: nada me faltará.  Rep.

O Senhor é meu pastor: nada me falta.
Leva-me a descansar em verdes prados,
conduz-me às águas refrescantes
e reconforta a minha alma. Refrão
Ele me guia por sendas direitas,
por amor do seu nome.
Ainda que tenha de andar por vales tenebrosos
não temerei nenhum mal, porque Vós estais comigo. Refrão

Para mim preparais a mesa
à vista dos meus adversários;
com óleo me perfumais a cabeça
e o meu cálice transborda. Refrão

A bondade e a graça hão-de acompanhar-me,
todos os dias da minha vida,
e habitarei na casa do Senhor
para todo o sempre. Refrão

LEITURA II 1 Cor 15, 20-26.28
«Entregará o reino a Deus Pai, para que seja tudo em todos»
Ressuscitado de entre os mortos, o primeiro entre todos, Cristo, no final dos tempos, tendo submetido a Si todas as coisas criadas, entregará o seu reino ao Pai. E nós, que pertencemos a Cristo, ressuscitados com Ele, também tomaremos parte no seu triunfo total e no seu reino de glória.

Leitura da Primeira Epístola do apóstolo S. Paulo aos Coríntios
Irmãos: Cristo ressuscitou dos mortos, como primícias dos que morreram. Uma vez que a morte veio por um homem, também por um homem veio a ressurreição dos mortos; porque, do mesmo modo que em Adão todos morreram, assim também em Cristo serão todos restituídos à vida. Cada qual, porém, na sua ordem: primeiro, Cristo, como primícias; a seguir, os que pertencem a Cristo, por ocasião da sua vinda. Depois será o fim, quando Cristo entregar o reino a Deus seu Pai, depois de ter aniquilado toda a soberania, autoridade e poder. É necessário que Ele reine, até que tenha posto todos os inimigos debaixo dos seus pés. E o último inimigo a ser aniquilado é a morte. Quando todas as coisas Lhe forem submetidas, então também o próprio Filho Se há-de submeter Àquele que Lhe submeteu todas as coisas, para que Deus seja tudo em todos.
Palavra do Senhor.

ALELUIA Mc 11, 9.10
Refrão: Aleluia. Repete-se
Bendito O que vem em nome do Senhor! Bendito o reino do nosso pai David! Refrão

EVANGELHO Mt 25, 31-46
«Sentar-Se-á no seu trono glorioso e separará uns dos outros»
Jesus retoma nesta leitura a mesma imagem atribuída a Deus na primeira leitura, a imagem do pastor. O julgamento que se propõe fazer será a libertação final de todos os que foram salvos pelo seu Sangue derramado na Cruz, para com Ele se sentarem no seu trono glorioso, se, neste mundo, tiverem seguido os passos do seu Pastor. Esta leitura é assim um anúncio e um convite.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Quando o Filho do homem vier na sua glória com todos os seus Anjos, sentar-Se-á no seu trono glorioso. Todas as nações se reunirão na sua presença e Ele separará uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos; e colocará as ovelhas à sua direita e os cabritos à sua esquerda. Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: ‘Vinde, benditos de meu Pai; recebei como herança o reino que vos está preparado desde a criação do mundo. Porque tive fome e destes-Me de comer; tive sede e destes-Me de beber; era peregrino e Me recolhestes; não tinha roupa e Me vestistes; estive doente e viestes visitar-Me; estava na prisão e fostes ver-Me’. Então os justos Lhe dirão: ‘Senhor, quando é que Te vimos com fome e Te demos de comer, ou com sede e Te demos de beber? Quando é que Te vimos peregrino e Te recolhemos, ou sem roupa e Te vestimos? Quando é que Te vimos doente ou na prisão e Te fomos ver?’. E o Rei lhes responderá: ‘Em verdade vos digo: Quantas vezes o fizestes a um dos meus irmãos mais pequeninos, a Mim o fizestes’. Dirá então aos que estiverem à sua esquerda: ‘Afastai-vos de Mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o Diabo e os seus anjos. Porque tive fome e não Me destes de comer; tive sede e não Me destes de beber; era peregrino e não Me recolhestes; estava sem roupa e não Me vestistes; estive doente e na prisão e não Me fostes visitar’. Então também eles Lhe hão-de perguntar: ‘Senhor, quando é que Te vimos com fome ou com sede, peregrino ou sem roupa, doente ou na prisão, e não Te prestámos assistência?’. E Ele lhes responderá: ‘Em verdade vos digo: Quantas vezes o deixastes de fazer a um dos meus irmãos mais pequeninos, também a Mim o deixastes de fazer’. Estes irão para o suplício eterno e os justos para a vida eterna».
Palavra da salvação.

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

O Terço

Havia uma senhora muito simples que vendia verduras na vizinhança. Certo dia, a Tia Joana, conhecida por toda vizinhança, foi vender as suas verduras na casa de um protestante e perdeu o terço no jardim da casa dele. Passados alguns dias, Joana voltou novamente àquela casa. 
O protestante veio logo a gozar da Tia Joana, e dizia-lhe:
 - "A tia Joana perdeu o seu Deus"? 
Ela humildemente respondeu: - "Eu, perder o meu Deus? Nunca"!
Ele, então, pegou o terço e disse: - "Não é este o seu Deus?
Ela humildemente respondeu: - "Graças a Deus, você encontrou o meu terço. Muito obrigada". 
-"Por que não troca este cordão com estas sementinhas pela Bíblia?" perguntou ele.
-"Porque a Bíblia não sei ler, e com o terço eu medito toda a Palavra de Deus e a guardo no coração." - disse ela.
- "Medita a Palavra de Deus? Como assim? Poderá dizer-me?" perguntou ele.
Respondeu a Tia Joana, pegando no terço: -"Posso sim. Quando eu seguro na cruz, lembro-me que o Filho de Deus deu todo o Seu sangue, pregado numa cruz, para salvar a humanidade. Esta primeira conta grossa lembra-me que há um só Deus Omnipotente. 
Estas três contas pequenas lembram-me as três pessoas da Santíssima Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo. Essa conta grossa faz-me lembrar a oração que o Senhor mesmo nos ensinou, que é o Pai Nosso. 
O terço tem cinco mistérios que fazem as cinco chagas do Nosso Senhor Jesus Cristo cravado na cruz, e cada mistério tem dez Ave-Marias, que me fazem lembrar os Dez Mandamentos que o Senhor mesmo escreveu na tábua de Moisés. 
O Rosário de Nossa Senhora tem quinze mistérios, que são: os cinco gozosos, os cinco dolorosos e os cinco gloriosos. De manhã, quando me levanto para iniciar a luta do dia eu rezo os gozosos, lembando-me do humilde lar de Maria de Nazaré. Ao meio dia, no meu cansaço e na fadiga do trabalho eu rezo os mistérios dolorosos, que me fazem lembrar da dura caminhada de Jesus Cristo para o calvário. Quando chega o fim do dia, com as lutas todas vencidas, eu rezo os mistérios gloriosos, que me fazem lembrar que Jesus venceu a morte para dar a salvação a toda humanidade.
E agora, diga-me onde está a idolatria?"
Ele depois de ouvir tudo isso disse: 
- "Eu não sabia disso. Ensina-me, Tia Joana, a rezar o terço"!





sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Leituras e Evangelho 16/11/2014

LEITURA I Prov 31, 10-13.19-20.30-31
«Põe mãos ao trabalho alegremente»
Esta leitura é um poema em louvor da mulher valorosa. Com o exemplo da mulher forte, a “mulher de valor”, a liturgia de hoje quer apresentar-nos uma lição de fidelidade ao longo de toda a vida. A Igreja é esta mulher de valor, fiel e laboriosa, à espera do seu Senhor; e, na Igreja, cada um de nós, os seus filhos, o há-de ser também.

Leitura do Livro dos Provérbios
Quem poderá encontrar uma mulher virtuosa? O seu valor é maior que o das pérolas. Nela confia o coração do marido e jamais lhe falta coisa alguma. Ela dá-lhe bem-estar e não desventura, em todos os dias da sua vida. Procura obter lã e linho e põe mãos ao trabalho alegremente. Toma a roca em suas mãos, seus dedos manejam o fuso. Abre as mãos ao pobre e estende os braços ao indigente. A graça é enganadora e vã a beleza; a mulher que teme o Senhor é que será louvada. Dai-lhe o fruto das suas mãos e suas obras a louvem às portas da cidade.
Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 127, 1-2.3.4-5 (R. cf. 1a)
Refrão: Ditoso o que segue o caminho do Senhor. Repete-se

Feliz de ti que temes o Senhor e andas nos seus caminhos.
Comerás do trabalho das tuas mãos, serás feliz e tudo te correrá bem. Refrão

Tua esposa será como videira fecunda, no íntimo do teu lar; teus filhos serão como ramos de oliveira, ao redor da tua mesa. Refrão

Assim será abençoado o homem que teme o Senhor. De Sião te abençoe o Senhor: vejas a prosperidade de Jerusalém todos os dias da tua vida. Refrão

LEITURA II 1 Tes 5, 1-6
«Para que o dia do Senhor não vos surpreenda como um ladrão»
A palavra de Deus exige dos cristãos a mesma fidelidade de que já falava a leitura anterior ao querer preparar-nos para o dia da vinda do Senhor, dia que virá como o ladrão, sem se fazer anunciar. Mas a certeza da sua vinda não nos pode deixar adormecidos na escuridão da nossa noite. Somos filhos da luz e do dia; havemos de viver despertos e vigilantes, “enquanto esperamos a vinda gloriosa de Jesus Cristo nosso Salvador”.

Leitura da Primeira Epístola do apóstolo São Paulo aos Tessalonicenses
Irmãos: Sobre o tempo e a ocasião, não precisais que vos escreva, pois vós próprios sabeis perfeitamente que o dia do Senhor vem como um ladrão nocturno. E quando disserem: «Paz e segurança», é então que subitamente cairá sobre eles a ruína, como as dores da mulher que está para ser mãe, e não poderão escapar. Mas vós, irmãos, não andais nas trevas, de modo que esse dia vos surpreenda como um ladrão, porque todos vós sois filhos da luz e filhos do dia: nós não somos da noite nem das trevas. Por isso, não durmamos como os outros, mas permaneçamos vigilantes e sóbrios.
Palavra do Senhor.

ALELUIA Jo 15, 4a.5b
Refrão: Aleluia. Repete-se
Permanecei em Mim e Eu permanecerei em vós, diz o Senhor. Quem permanece em Mim dá fruto abundante. Refrão

EVANGELHO – Forma longa Mt 25, 14-30
«Foste fiel em coisas pequenas: vem tomar parte na alegria do teu Senhor»
A leitura contínua do Evangelho de S. Mateus ao longo de todo o ano vai deixar-nos hoje em frente do Senhor que regressa para coroar os servos que O esperaram na fidelidade, fazendo render os dons que Ele lhes confiou para que os administrassem como fiéis servidores. São dons que, de uma maneira ou outra, vêm sempre de Deus, mas que são dados aos homens para que eles os utilizem para bem dos próprios homens. Assim Deus será glorificado e o seu reino transformará o mundo.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos a seguinte parábola: «Um homem, ao partir de viagem, chamou os seus servos e confiou-lhes os seus bens. A um entregou cinco talentos, a outro dois e a outro um, conforme a capacidade de cada qual; e depois partiu. O que tinha recebido cinco talentos fê-los render e ganhou outros cinco. Do mesmo modo, o que recebera dois talentos ganhou outros dois. Mas o que recebera um só talento foi escavar na terra e escondeu o dinheiro do seu senhor. Muito tempo depois, chegou o senhor daqueles servos e foi ajustar contas com eles. O que recebera cinco talentos aproximou-se e apresentou outros cinco, dizendo: ‘Senhor, confiaste-me cinco talentos: aqui estão outros cinco que eu ganhei’. Respondeu-lhe o senhor: ‘Muito bem, servo bom e fiel. Porque foste fiel em coisas pequenas, confiar-te-ei as grandes. Vem tomar parte na alegria do teu senhor’. Aproximou-se também o que recebera dois talentos e disse: ‘Senhor, confiaste-me dois talentos: aqui estão outros dois que eu ganhei’. Respondeu-lhe o senhor: ‘Muito bem, servo bom e fiel. Porque foste fiel em coisas pequenas, confiar-te-ei as grandes. Vem tomar parte na alegria do teu senhor’. Aproximou-se também o que recebera um só talento e disse: ‘Senhor, eu sabia que és um homem severo, que colhes onde não semeaste e recolhes onde nada lançaste. Por isso, tive medo e escondi o teu talento na terra. Aqui tens o que te pertence’. O senhor respondeu-lhe: ‘Servo mau e preguiçoso, sabias que ceifo onde não semeei e recolho onde nada lancei; devias, portanto, depositar no banco o meu dinheiro e eu teria, ao voltar, recebido com juro o que era meu. Tirai-lhe então o talento e dai-o àquele que tem dez. Porque, a todo aquele que tem, dar-se-á mais e terá em abundância; mas, àquele que não tem, até o pouco que tem lhe será tirado. Quanto ao servo inútil, lançai-o às trevas exteriores. Aí haverá choro e ranger de dentes’».
Palavra do salvação.

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Apelo do Papa em favor dos cristãos perseguidos

O Papa Francisco condenou hoje no Vaticano as perseguições religiosas contra os cristãos e apelou a uma “mobilização de consciências” em defesa destas populações.

“Mais um vez, dirijo um forte apelo a quantos têm responsabilidade política, a nível local e internacional, bem como a todas as pessoas de boa vontade, para que se empreenda uma vasta mobilização das consciências, em favor dos cristãos perseguidos”, declarou, no final da audiência pública semanal que decorreu na Praça de São Pedro.

O Papa Francisco disse seguir com “grande tremor” os “dramáticos acontecimentos dos cristãos que em várias partes do mundo são perseguidos e mortos por causa do seu credo religioso”.

“Sinto a necessidade de exprimir a minha profunda vizinhança espiritual às comunidades cristãs duramente atingidas por uma violência absurda que não parece ter fim, enquanto encorajo os pastores e todos os fiéis a serem fortes e firmes na esperança”, assinalou.

O Papa sustentou que estes cristãos têm “o direito de reencontrar, nos seus próprios países, segurança e serenidade”, professando livremente a sua fé” e encerrou a sua intervenção com um convite à oração por estas comunidades religiosas.


Senhor Jesus Cristo


terça-feira, 11 de novembro de 2014

Sº Martinho...

 A Igreja Católica celebra hoje a festa litúrgica de São Martinho (316-397), bispo de Tours (França) e antigo militar, famoso pela atenção aos pobres, simbolizada na imagem da capa cortada ao meio, para abrigar um pedinte.

Esse episódio foi destacado pela catequese que Bento XVI, Papa emérito, dedicou a este santo, em 2007, apresentando-o como exemplo de “caridade fraterna”

“Quando era ainda jovem soldado [São Martinho], encontrou na estrada um pobre entorpecido e trémulo de frio. Pegou no seu manto e, cortando-o em dois com a espada, deu metade àquele homem. Nessa noite apareceu-lhe Jesus em sonho, sorridente, envolvido naquele mesmo manto”, relatou.

Para Bento XVI, o bispo de Tours revela “a lógica da partilha, com a qual se expressa de modo autêntico o amor ao próximo”.

“Só através de um compromisso comum de partilha, é possível responder ao grande desafio do nosso tempo: isto é, de construir um mundo de paz e de justiça, no qual cada homem possa viver com dignidade”, disse então.

São Martinho nasceu no seio de uma família pagã na Panónia, atual Hungria, e foi orientado pelo pai para a carreira militar, mas ainda adolescente inscreveu-se entre os catecúmenos para se preparar para o Batismo.
Tendo-se despedido do serviço militar, foi a Poitiers, na França, para junto de santo Hilário, bispo que o ordenou diácono e padre.

Martinho escolheu a vida monástica e deu origem, com alguns discípulos, ao mais antigo mosteiro conhecido na Europa, em Ligugé.
Cerca de dez anos mais tarde, os cristãos de Tours aclamaram-no como seu bispo, cargo que o santo ocupou até à sua morte.

Em Portugal, é célebre a expressão «verão de São Martinho», aplicada a três dias de sol e calor no meio do outono, tidos como recompensa ao então soldado romano por ter repartido o seu agasalho com um pobre.

A esta data associa-se também a celebração do Magusto, uma festa popular com a presença, um pouco por todo o país, de castanhas e água-pé.

Fonte: (11 nov 2014 (Ecclesia) 


 “A alegria do Evangelho enche o coração e a vida inteira daqueles que se encontram com Jesus” (Papa Francisco). 



sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Jesus o Filho de Deus

Leituras e Evangelho 09/11/2014

LEITURA I Ez 47, 1-2.8-9.12
«Vi a água sair do templo e todos aqueles a quem chegou esta água foram salvos» (Ant. Vidi aquam)

Leitura da Profecia de Ezequiel
Naqueles dias, o Anjo reconduziu-me à entrada do templo. Debaixo do limiar da porta saía água em direcção ao Oriente, pois a fachada do templo estava voltada para o Oriente. As águas corriam da parte inferior, do lado direito do templo, ao sul do altar. O Anjo fez-me sair pela porta setentrional e contornar o templo por fora, até à porta exterior que está voltada para o Oriente. As águas corriam do lado direito. O Anjo disse-me:
«Esta água corre para a região oriental, desce para Arabá e entra no mar, para que as suas águas se tornem salubres. Todo o ser vivo que se move na água onde chegar esta torrente terá novo alento e o peixe será mais abundante. Porque aonde esta água chegar, tornar-se-ão sãs as outras águas e haverá vida por toda a parte aonde chegar esta torrente. À beira da torrente, nas duas margens, crescerá toda a espécie de árvores de fruto; a sua folhagem não murchará, nem acabarão os seus frutos. Todos os meses darão frutos novos, porque as águas vêm do santuário. Os frutos servirão de alimento e as folhas de remédio».
Palavra do Senhor.

LEITURA II 1 Cor 3, 9c-11.16-17
«Vós sois templo de Deus»

Leitura da Primeira Epístola do apóstolo São Paulo aos Coríntios
Irmãos:
Vós sois edifício de Deus. Segundo a graça de Deus que me foi dada, eu, como sábio arquitecto, coloquei o alicerce e outro levanta o edifício.
Veja cada um como constrói: ninguém pode colocar outro alicerce além do que está posto, que é Jesus Cristo. Não sabeis que sois templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?
Se alguém destrói o templo de Deus, Deus o destruirá. Porque o templo de Deus é santo e vós sois esse templo.
Palavra do Senhor.

ALELUIA 2 Cr 7, 16
Refrão: Aleluia. Repete-se 
Escolhi e consagrei esta casa, diz o Senhor, para que o meu nome esteja neste lugar para sempre. Refrão

EVANGELHO Jo 2, 13-22
«Falava do templo do seu Corpo»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Estava próxima a Páscoa dos judeus e Jesus subiu a Jerusalém. Encontrou no templo os vendedores de bois, de ovelhas e de pombas e os cambistas sentados às bancas. Fez então um chicote de cordas e expulsou-os a todos do templo, com as ovelhas e os bois; deitou por terra o dinheiro dos cambistas e derrubou-lhes as mesas; e disse aos que vendiam pombas: «Tirai tudo isto daqui; não façais da casa de meu Pai casa de comércio». Os discípulos recordaram-se do que estava escrito: «Devora-me o zelo pela tua casa». Então os judeus tomaram a palavra e perguntaram-Lhe: «Que sinal nos dás de que podes proceder deste modo?». Jesus respondeu-lhes: «Destruí este templo e em três dias o levantarei». Disseram os judeus: «Foram precisos quarenta e seis anos para construir este templo e Tu vais levantá-lo em três dias?». Jesus, porém, falava do templo do seu Corpo. Por isso, quando Ele ressuscitou dos mortos, os discípulos lembraram-se do que tinha dito e acreditaram na Escritura e na palavra de Jesus.
Palavra da salvação.

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

A história do lápis

O menino olhava a avó a escrever uma carta. A certa altura, perguntou:
- Avó está a escrever uma história que aconteceu connosco? E por acaso, é uma história sobre mim?
A avó parou a carta, sorriu, e comentou com o neto:
- Estou a escrever sobre ti, é verdade. Entretanto, mais importante do que as palavras, é o lápis que estou a usar. Gostaria que fosses como ele, quando crescesses.
O menino olhou para o lápis, intrigado, e não viu nada de especial.
- Mas ele é igual a todos os lápis que vi na minha vida! – disse o menino.
- Tudo depende do modo como olhas as coisas. Há cinco qualidades nele que, se conseguires mantê-las, serás sempre uma pessoa em paz com o mundo.
Primeira qualidade:
“Podes fazer grandes coisas, mas não deves esquecer nunca que existe uma Mão que guia os teus passos. Esta Mão chamamos de Deus, e Ele deve sempre conduzi-lo na direção à Sua vontade.”
Segunda qualidade:
“De vez em quando eu preciso de parar o que estou a escrever, e usar o afiador. Isso faz com que o lápis sofra um pouco, mas no final, ele está mais afiado. Portanto, deverás saber suportar algumas dores, porque elas te farão ser uma pessoa melhor.”
Terceira qualidade:
“O lápis sempre permite que usemos uma borracha para apagar aquilo que estava errado. Entende que corrigir uma coisa que fizemos não é, necessariamente algo mau, mas algo importante para nos manter no caminho da justiça.”
Quarta qualidade:
“O que realmente importa no lápis não é a madeira ou a sua forma exterior, mas a grafite que está dentro. Portanto, cuida sempre daquilo que acontece dentro de ti.”
Quinta qualidade:
“Finalmente na quinta qualidade do lápis: ele deixa sempre uma marca. Da mesma maneira, fica a saber que tudo o que fizeres na vida, irá deixar traços, e procura ser consciente em cada ação.”