terça-feira, 18 de agosto de 2015

A Borboleta Azul

Certo viúvo tinha duas filhas curiosas e inteligentes. As meninas faziam sempre muitas perguntas. Algumas, ele sabia responder, outras não. Como lhes pretendia oferecer a melhor educação, mandou as meninas passarem umas férias com um sábio que morava no alto de uma colina.

O sábio respondia sempre a todas as perguntas sem hesitar. Impacientes com o sábio, as meninas resolveram inventar uma pergunta que ele não saberia responder. Então, uma delas apareceu com uma linda borboleta azul que usaria para pregar uma partida no sábio.
- O que vais fazer? - perguntou a irmã.
- Vou esconder a borboleta nas minhas mãos e perguntar se ela está viva ou morta. Se ele disser que ela está morta, vou abrir as minhas mãos e deixá-la voar. Se ele disser que ela está viva, vou apertá-la e esmagá-la. E assim qualquer resposta que o sábio nos der, estará errada!
As duas meninas foram então ao encontro do sábio, que estava a meditar.
- Tenho aqui uma borboleta azul. Diga-me sábio, ela está viva ou morta?
Calmamente o sábio sorriu e respondeu:
- Depende de si... ela está nas suas mãos. 

Reflexão:
Assim é a nossa vida, o nosso presente e o nosso futuro. Não devemos culpar ninguém quando algo dá errado. Somos nós os responsáveis por aquilo que conquistamos (ou não conquistamos). A nossa vida está nas nossas mãos, como a borboleta azul... Cabe a nós escolher o que fazer com ela. 

“O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso, existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis.” (Fernando Pessoa)