segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Papa Francisco: não procurar sucesso, riqueza, poder e prazer a qualquer preço.

“A condição para fazer parte do reino é realizar uma mudança na nossa vida, isto é converter-se, dando um passo a cada dia: trata-se de deixar os caminhos, convenientes, mas enganosos, dos ídolos deste mundo: o sucesso a todo custo, o poder à custa dos mais fracos, a sede de riqueza, o prazer a qualquer preço: comportamentos que são do diabo”. Foi o que recordou o Papa Francisco na sua alocução que precedeu neste 2º Domingo do Advento, a Oração mariana do Angelus com os fiéis reunidos na Praça São Pedro. Em uma manhã de céu coberto o Papa disse que o convite é “abrir o caminho ao Senhor que vem. Ele não tira a nossa liberdade, mas nos dá a verdadeira felicidade”.

A missão do cristão
"Com o nascimento de Jesus em Belém, é o próprio Deus que veio habitar no meio de nós, para nos libertar do egoísmo, do pecado e da corrupção". “O Reino de Deus disse Jesus está no meio de vocês! Esta é a mensagem central de toda a missão cristã”, explicou  o Papa Francisco revelando o quanto é importante esta “boa notícia”.

“Quando um missionário vai, um cristão vai anunciar Jesus, não vai fazer proselitismo, como se fosse um torcedor que procura para o seu time mais torcedores. Não, vai simplesmente a anunciar: o Reino de Deus está no meio de vocês! E assim o missionário prepara o caminho para Jesus que encontra o seu povo”.

Reino de Deus
“Certamente, o reino de Deus se estenderá indefinidamente para além da vida terrena, mas a boa notícia que Jesus nos traz – e que João antecipa – é que o reino de Deus, não devemos esperar por ele no futuro: aproximou-se, e de alguma forma, já está presente e podemos experimentá-lo agora o poder espiritual.

“Deus vem estabelecer o seu domínio na nossa história, na nossa vida quotidiana; e lá onde é acolhido com fé e humildade brotam o amor, a alegria e a paz”.

Tempo de Natal
Aproximamos-nos do Natal – destacou o Papa – “um dia de grande alegria, também exterior, mas é principalmente um evento religioso, por isso é necessária uma preparação espiritual”.

“Neste tempo de Advento, deixemos-nos guiar pela exortação de João Batista: ‘Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas’. Nós preparamos o caminho do Senhor e endireitamos as suas veredas, quando examinamos a nossa consciência, quando vemos  as nossas atitudes, quando com sinceridade e confiança confessamos os nossos pecados no sacramento da Penitência”.

Neste Sacramento experimentamos nos nossos corações a proximidade do reino de Deus e a sua salvação. A salvação de Deus é obra de um amor maior, maior do que nosso pecado; somente o amor de Deus pode cancelar o pecado e livrar do mal, e somente o amor de Deus pode guiar-nos no caminho do bem.

Que a Virgem Maria  – concluiu o Papa Francisco – nos ajude a preparamos-nos para o encontro com este Amor-maior que na noite de Natal se fez pequeno, pequeno, como uma semente, caída na terra, a semente do Reino de Deus.

Antes de se despedir dos fiéis o Papa desejou a todos um bom caminho de Advento. “Nestes dias – concluiu – vamos rezar juntos, pedindo a sua materna intercessão para a conversão dos corações e o dom da paz. E por favor, não se esqueçam de rezar por mim.”


sábado, 3 de dezembro de 2016

O Advento - Preparar o Natal

Advento é o tempo para prepararmos a espera do Senhor.

A Igreja põe-nos de sobreaviso com quatro semanas de antecedência, para que nos preparemos para celebrar, de novo, o Natal e, ao mesmo tempo, para que, com a lembrança da primeira vinda de Deus feito Homem, ao mundo, estejamos atentos às outras vindas do Senhor: no fim da vida de cada um e no fim dos tempos. Por isso o Advento é o tempo de preparação e de esperança.

A palavra 'Advento' significa 'vinda', 'chegada' e faz-nos relembrar e reviver as primeiras etapas da História da Salvação, quando os homens se preparam para a vinda do Salvador, a fim de que também nós possamos preparar, hoje, a vinda de Cristo por ocasião do Natal.

O profeta Isaías fala com ênfase da era messiânica, quando todos os povos se hão-de reunir em Jerusalém para adorarem o único Deus. Jerusalém é figura da Igreja, constituída por Deus “sacramento universal de salvação” (LG 48), que abre os braços a todos os homens para os conduzir a Cristo e para que, seguindo os seus ensinamentos, vivam como irmãos na concórdia e na paz. Cada cristão deve ser uma voz a chamar os homens, com a veemência de Isaías, à fé verdadeira e ao amor fraterno. Convida Isaías: “Vinde e deixemo-nos guiar pela luz do Senhor” (Is 2,5).

O Evangelho do primeiro domingo (Lc 21, 25-28. 34-36) mostra os últimos dias da vida terrena de Jesus. Ele anuncia tempos difíceis de sofrimento e perseguição. Em linguagem apocalíptica, fala da segunda vinda de Cristo. Os “sinais” catastróficos apresentados não são um quadro do “fim do mundo”; são imagens utilizadas pelos profetas para falar do “Dia do Senhor”, quando Ele vai intervir na história para libertar o Seu povo.
O quadro visa reavivar a Esperança pelo novo dia que surgirá e motivar a vigilância para reconhecer e acolher o Senhor que vem. O Evangelho ensina a não esperar passivamente a vinda do Filho do Homem. É preciso “estar atento” à salvação que nos é oferecida e aceitá-la. É preciso ter vontade e  liberdade de acolher o dom de Jesus, deixar que Ele nos transforme o coração e se faça vida em nossos gestos e palavras. Preparemos o caminho para o Senhor que chegará em breve; e se notarmos que a nossa visão está embaciada e não distinguirmos com clareza a luz que procede de Belém, é o momento de afastar os obstáculos. É tempo de fazer com especial delicadeza o exame de consciência e de melhorar a nossa pureza interior para receber a Deus.
É o momento de discernir as coisas que nos separam do Senhor e de lançá-las para longe de nós. Um bom exame de consciência deve ir até às raízes dos nossos actos, até aos motivos que inspiram as nossas acções. E procurar o remédio no Sacramento da Penitência (Confissão)! “Vigiai, não sabeis em que dia o Senhor virá”. Não se trata apenas da “parusia”, mas também da vinda do Senhor para cada homem no fim da sua vida, quando se encontrar face a face com o seu Salvador; e será esse o dia mais belo, o princípio da vida eterna!
Toda a existência do homem é uma constante preparação para ver o Senhor, que cada vez está mais perto; mas no Advento a Igreja ajuda-nos a pedir de um modo especial: “Senhor, mostrai-me os vossos caminhos e ensinai-me as vossas veredas. Dirigi-me na vossa verdade, porque sois o meu Salvador” (Sl 24).
Para manter este estado de vigília, é necessário lutar, porque a tendência de todo o homem é viver de olhos cravados nas coisas da terra. Fiquemos alerta! Assim será se cuidarmos com atenção da oração pessoal, que evita a tibieza e, com ela, a morte dos desejos de santidade; estaremos vigilantes se não abandonarmos os pequenos sacrifícios, que nos mantêm despertos para as coisas de Deus.

Diz-nos São Bernardo: “Irmãos, a vós, como às crianças, Deus revela o que ocultou aos sábios e entendidos: os autênticos caminhos da salvação. Aprofundai no sentido deste Advento, sobretudo, observai quem é Aquele que vem, de onde vem e para onde vem; para quê, quando e por onde vem. É uma curiosidade boa. A Igreja não celebraria com tanta devoção este Advento se não contivesse algum grande mistério.”

Procuremos afastar os motivos que impedem o acolhimento do Senhor:
– os prazeres da vida: a pessoa mergulhada nos prazeres fica alienada… Ao domingo, dorme, passeia, pratica desporto, mas não sobra tempo para a Missa. 
– trabalho excessivo: a pessoa obcecada pelo trabalho esquece o resto: Deus, a família, os amigos, a própria saúde. Como me estou a preparar para o Natal deste ano? Apenas a programar festas, presentes, enfeites, músicas?

Preparemos, numa atitude de humildade e vigilância, a chegada de Cristo que vem. Procuremos remover da nossa vida toda a bagagem inútil que possa impedir os nossos passos para Cristo. Escutemos São Paulo: "Fazei progressos ainda maiores!" (1Ts 4, 1)

Como viver o Advento?!...  
Com o primeiro domingo do Advento, teve início o novo Ano Litúrgico, com a primeira semana do Advento, cujo nome significa "que está por vir". A Igreja convida os fiéis, neste tempo, a viverem a expectativa para o Natal, com esperança e vigilância. 
O advento corresponde às quatro semanas que antecedem o Natal e a liturgia deste período tem dois aspectos: nas duas primeiras semanas, acontece a preparação e reflexão para a segunda vinda gloriosa e definitiva de Jesus, e nas duas últimas, os fiéis são motivados a uma preparação especial para a celebração do nascimento de Jesus. 

O Advento é o tempo de alegria e de satisfação interior, da comoção e da harmonia, da ânsia fundamental, que caracterizam todos aqueles que esperam por algo importante e decisivo, e que têm a certeza de que vai mudar a sua vida.
Neste período a Igreja convida os cristãos a viverem com maior afinco a participação na sua comunidade. É um tempo de estar em comunhão com a Igreja. Cada fiel deve preparar-se para viver este tempo em atitude de contínua oração.
Nestes dias, até mesmo os sinais e enfeites utilizados nas igrejas e nas casas dos fiéis exteriorizam esta expectativa: a montagem da Árvore de Natal, do presépio, na liturgia utiliza-se a cor roxa, não se canta o glória (guardando-o para a Noite de Natal), os instrumentos e as flores são usados com mais moderação, para não antecipar a grande festa do dia 25.



sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Significado de algumas palavras...

Aleluia - Aclamação litúrgica, tirada do hebreu, que significa “Louvai o Senhor”. É frequente nos salmos. Na liturgia, é empregada como expressão de alegria e louvor. Não é usada na Quaresma, mas é muito frequente no Tempo Pascal. 

Adão – Palavra hebraica que significa: homem, pai de toda a raça humana, pai da humanidade, da pessoa humana.

Alfa e Ómega - Primeira e última letra do alfabeto grego, respectivamente. São usadas na Bíblia para designar Jesus Cristo como o começo e o fim de tudo. Na liturgia da Vigília Pascal emprega-se esta imagem na bênção do círio pascal.

Altar - Ara ou pedra destinada aos sacrifícios. Para os cristãos é, além disso, mesa para o banquete comunitário. O altar fica no presbitério e deve ser o centro da atenção. O altar representa o Cristo. É por essa razão que lhe é prestada honra (beijo, incenso…) e que não se pode colocar sobre ele um objecto qualquer.

Alva - Em latim, significa “branca”. É uma vestimenta litúrgica, utilizada pelos bispos, presbíteros, diáconos e outros ministros, em forma de túnica branca, que cobre desde o pescoço até perto do calcanhar. Alva significa limpeza.

Ambão - Vem do verbo grego “anabainer” que quer dizer: “subir.” No caso, é a estante, situada em local de destaque, onde são efectuadas as leituras, na liturgia da palavra, e realizada a pregação. 

Âmbula, Píxide ou Cibório - É semelhante ao cálice, mas tem uma tampa. Nela colocam-se as hóstias. Após a Missa é guardada no Sacrário. Enquanto contém o Santíssimo, costuma ser coberta com um tecido conhecido como “véu de âmbula”. 

Acólito – Leigo que ajuda o sacerdote ou o Diácono no altar.

Amém - Palavra hebraica que expressa a confirmação do que foi dito, e que pode ser traduzida popularmente por: “assim seja.” Compete à comunidade de fé responder, com ele, às orações de quem as dirige, manifestando, assim, a sua união espiritual ao seu conteúdo de fé e aos celebrantes. O termo amém pode significar também: “eu creio.”

Ano Litúrgico - O ano litúrgico é formado por três ciclos: o do Natal, o Pascal e o Tempo Comum (este com dois períodos). Ao longo dessas três etapas desdobra-se o mistério de Cristo: o seu nascimento, a sua vida pública, a sua paixão, morte e ressurreição. 

Apóstolo – “Mensageiro” – “Enviado”. Nome que a tradição cristã colocou nos primeiros doze seguidores de Jesus. 

Ascensão do Senhor - A Ascensão do Senhor significa “festa eclesiástica, comemorativa da glorificação de Cristo logo após a morte, representada, especialmente, como subida aos céus”. É uma festa móvel, no calendário cristão, que acontece 40 dias após o Domingo de Páscoa.

Ave-Maria - Oração com que os cristãos veneram a Santíssima Virgem. Primeiramente, compunha-se das palavras do Arcanjo e de Santa Isabel: “Ave-Maria, cheia de graça…” Posteriormente, acrescentou-se a segunda parte: “Santa Maria mãe de Deus…” de origem Franciscana.

Batistério - O mesmo que pia baptismal. É onde acontecem os baptizados.

Cálice - É uma "taça" revestida de ouro ou prateada. Vaso sagrado que abriga o vinho, que, após a consagração, torna-se no Sangue de Cristo. Este vaso já era utilizado na celebração da Páscoa judaica. Por isso, ao instituir a Eucaristia, durante a celebração da Última Ceia, com os seus apóstolos, Jesus tomou “um cálice…” 


Campainha - Pequeno instrumento de percussão, feito de metal, que o acólito toca antes da consagração do pão e do vinho, chamando a atenção da assembleia para aquele momento. Às vezes, em algumas igrejas, é tocada a campainha durante a elevação da hóstia e do cálice. 


Cardeal - Termo que vem do latim: cardinalis, que, por sua vez, vem de cardo que significa: eixo.
O cardeal faz parte de um colégio que forma o senado do Papa, e lhe assiste no governo da Igreja. Cardeal é um eixo que une.


Catedral - É a Igreja mãe e sede de uma Diocese ou Arquidiocese. Nela, o Bispo ou Arcebispo exerce o seu Magistério Episcopal, a sua função ministerial de ensinar a recta doutrina cristã. Na Catedral, a cadeira onde o Bispo se senta, na presidência das celebrações litúrgica, é chamada de Cátedra. Daí, o nome Catedral.


Cinzas - A cinza usada na quarta-feira que dá início à Quaresma é feita com a queima dos ramos bentos, no Domingo de Ramos. É guardada de um ano para outro e colocada sobre a cabeça dos fiéis, na celebração da Quarta-feira de Cinzas. Na ocasião, o celebrante lembra a passagem bíblica: “Tu és pó e ao pó tornarás”. (Gn 3, 19)

Círio Pascal - Vela de cera, de maiores proporções, que representa o Cristo ressuscitado e a coluna de fogo que precedia o povo de Israel através do deserto. Cinco grãos de incenso são-lhe encravados, e simbolizam as chagas contidas no corpo glorioso de Cristo. Esta vela grande é benzida e solenemente introduzida na Igreja no início da vigília pascal; em seguida é colocada ao lado da mesa da palavra ou ao lado do altar. O círio permanece aceso durante as acções litúrgicas do Tempo Pascal (até a festa de Pentecostes). O CÍRIO PASCAL ACESO SIMBOLIZA O CRISTO RESSUSCITADO.

Cores Litúrgicas - Para cada tempo litúrgico é usada uma cor, que aparece nos paramentos dos celebrantes, nos panos do altar, na cortina do Sacrário etc. Cada uma tem o seu significado. O uso das cores está definido nas normas das Instruções Gerais sobre o Missal Romano (nºs 308 e 309):
O verde – É a cor da esperança, usada nos ofícios e missas do tempo comum.
O Branco – Simboliza a vitória, a paz, a alma pura, a alegria. É usado nos ofícios e missas do tempo Pascal e do Natal; nas festas e memórias do Senhor, excepto as da Paixão; nas festas e memória da Virgem Maria, dos Santos Anjos, dos Santos não mártires, de Todos os Santos, São João Batista, São João Evangelista, Cátedra de São Pedro e conversão de São Paulo.
O Vermelho – Simboliza o fogo, o sangue, o amor divino, o martírio. É usado no domingo de Ramos, na sexta-feira Santa, no Pentecostes, na Paixão do Senhor, nas festas dos Apóstolos, Evangelistas e Santos Mártires.
O Roxo – Simboliza a penitência. É usado no Advento e na Quaresma. Pode ser usado, também, nos ofícios e missas pelos mortos.

Custódia - Também chamada de Ostensório. É uma peça dourada ou prateada onde se coloca a hóstia grande consagrada. É colocada numa abertura coberta por dois vidros, como uma janela redonda. Nele fica exposto o Santíssimo para adoração dos fiéis. É usado na procissão de "Corpus Christi", ficando sempre entre duas velas acesas. Quando se fizer a exposição do Santíssimo, o que nunca acontece durante a Missa, deve ser lida a Palavra de Deus, deve haver momento de oração, cantos e silêncio para adoração. 

Credencia - Pequena mesa, colocada nas proximidades do altar, sobre a qual se coloca objectos que vão ser utilizados durante a celebração, especialmente no momento do ofertório, como por exemplo: o vinho, o cálice, a patena, a água etc.

Credo – É um enunciado de artigos ou afirmações fundamentais da nossa fé. “Credo” é a palavra latina que significa “Creio”. Proclamar o Credo é confessar a adesão total a estas mesmas verdades.

Crucifixo - É uma cruz com o corpo de Nosso Senhor. Sobre o altar ou acima ou ao lado dele deve haver um crucifixo, para lembrar que a Ceia do Senhor é inseparável do seu Sacrifício Redentor. Na Última Ceia, Jesus deu aos discípulos, o "Sangue da Aliança que ia ser derramado por muitos para o perdão dos pecados". (Mt 26,28)  
 
Emanuel – Palavra hebraica que significa “Deus connosco”. 

Eucaristia - Termo grego que quer dizer Acção de Graças. É o maior dos sacramentos, em que o próprio Cristo está presente. Designa a refeição em que Jesus partiu o pão e deu aos seus apóstolos como o seu corpo e abençoou o cálice de vinho como cálice do seu sangue, da Nova Aliança. Recebe os nomes de: Ceia do Senhor, Última Ceia, Fracção do Pão, Ágape, Comunhão, Missa.

Evangelho – Palavra grega que significa boa nova, boa notícia. Além da pessoa de Jesus como boa nova, evangelho significa também o conteúdo, ensino ou mensagem transmitidos por Jesus. Os livros que transmitem esta mensagem são os evangelhos escritos pelas comunidades de Mateus, Marcos, Lucas e João.


Evangeliário - Livro que contém os Evangelho, que pode ser conduzido em procissão, na entrada da Missa e antes da proclamação do Evangelho.


Galhetas - São como duas jarrinhas de vidro. Numa vai a água e na outra, o vinho. Elas estão sempre juntas num pratinho, ao lado do altar.


Hóstia - É pão de trigo puro. Há uma hóstia grande para o Presidente da Celebração e as pequenas para o povo. A do padre é grande para ser vista de longe, na elevação, e ser repartida entre alguns participantes da celebração.  Assim chama-se o pão que é oferecido no altar e se transforma em corpo de Cristo, partido em comunhão na Missa. A hóstia maior fica na patena e é partida pelo sacerdote antes da comunhão, enquanto o povo canta ou diz Cordeiro de Deus. Na adoração do Santíssimo fica no ostensório. As hóstias pequenas, antes da consagração, ficam na âmbula, e depois da consagração são distribuídas aos fiéis. Mesmo partidas, são o próprio corpo de Cristo e por isso o ministro e os acólitos devem ter todo o cuidado para evitar que pessoas não preparadas levem a hóstia na mão, sem comungar. Se cair ao chão, deve ser consumida por um deles. Se estiver suja, poderá ser dissolvida em água. Se sobrarem hóstias consagradas, devem ser guardadas no sacrário. Os ministros que servem os doentes levam as hóstias na teça.



Lavatório - Pia da Sacristia. Nela há toalha e sabonete para que o sacerdote possa lavar as mãos antes e depois da celebração.

Lecionário
Livro com as leituras próprias para cada dia do ano litúrgico. Nele estão em sequência a primeira leitura, o salmo, a segunda leitura e o Evangelho próprio para a Missa de cada dia do ano. Há lecionários próprios para os domingos, para as celebrações eucarísticas durante a semana e para as festas dos santos. Pode ser FERIAL (para os dias comuns), SANTORAL (festas dos Santos) e DOMINICAL (para os domingos). Existe também o RITUAL (livro que contém as mais variadas celebrações: Ritual de Exéquias, Baptismal, Matrimonial...).

Magnificat – Canto da Virgem Maria por ocasião da visita à sua prima Isabel.

Missal - É um livro grosso que tem o rito da Missa, menos as Leituras, que estão no livro chamado Lecionário.  Diz-se "Missal Romano" porque é aprovado pelo chefe da Igreja Católica, o Papa, que tem a sua sede em Roma.  O missal romano é o livro de uso do sacerdote em que estão todas as orações da Missa, indicadas para cada dia, com as variações próprias do tempo e do motivo da celebração.

Naveta - Pequeno recipiente com tampa, em forma de açucareiro, alongado, onde se guarda o incenso. Tem o feitio de um barquinho e nela o acólito põe o incenso que depois o ministro colocará no turíbulo. 


Sacrário - Pequeno cofre sagrado onde é colocada a âmbula com as hóstias consagradas. Deve ser fechado com chave que fica sob a responsabilidade do Sacerdote ou do Ministro Extraordinário da Comunhão Eucarística. Uma lâmpada acesa indica a presença eucarística de Jesus.



Turíbulo - Recipiente de metal, com correntes, no qual se colocam brasas para queimar o incenso.

Véu do Cálice - É um pano quadrado com o qual se cobre o cálice até ao ofertório, e novamente, depois da comunhão.

Véu do Cibório - Capinha de seda branca que cobre a âmbula. É sinal de respeito para com a Eucaristia.

Verbo – Em latim “verbum” – significa palavra. Na teologia, indica Jesus Cristo (Palavra de Deus), segunda pessoa da Santíssima Trindade. Junto ao Pai, o Verbo, participa da mesma natureza divina, princípio e fim da criação e da revelação.

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Renasce em mim

Ano Litúrgico 2016-2017

É chamado de "Ano Litúrgico" ou "Ano Cristão", no momento que vão desde o primeiro domingo do Advento e na última semana do Tempo Comum, durante o qual a Igreja celebra todo o mistério de Cristo, desde o nascimento até à Sua segunda vinda. 
Pode-se dizer que o Ano Litúrgico consiste em duas vezes: os tempos fortes e tempo comum. Os tempos fortes são, Advento, Natal, Quaresma e Páscoa, durante a qual um mistério particular de salvação é celebrada. Tempo Comum, por sua vez, não mantém qualquer mistério particular, mas sim o mesmo mistério de Cristo na sua plenitude, principalmente aos Domingos. 
Tempo Comum é dividido em duas partes ao longo do ano litúrgico e no total dura 33 ou 34 semanas. 




segunda-feira, 21 de novembro de 2016

domingo, 20 de novembro de 2016

Deus sabe o que faz

Certa vez, depois de trabalhar muito durante o ano todo, um homem temente a Deus conseguiu, enfim, tirar um mês de férias. Ele decidiu que pegaria um avião e viajaria para um continente distante.
Durante a viagem, quando o seu avião sobrevoava o Oceano Índico, o pior aconteceu: um dos motores da aeronave teve uma pane e o piloto foi obrigado a fazer um pouso forçado em alto mar. Quase todas as pessoas daquele voo morreram, mas o homem cristão conseguiu agarrar-se a um objeto que permitiu que ele não se afogasse. Ele ficou a boiar por dias, até que avistou uma ilha deserta. Feliz com aquele milagre, o homem nadou até à praia e, mesmo cansado, com fome e sede, agradeceu a Deus por aquele livramento da morte.
Na ilha, ele alimentou-se de peixes, frutas e ervas. Mais forte, ele derrubou alguns coqueiros e, com muito esforço, conseguiu construir uma cabana. A cabana não era necessariamente uma casa, mas servia muito bem para protegê-lo do frio da noite e das constantes chuvas que caiam naquela região. Mais uma vez, aquele náufrago sentiu-se grato pela misericórdia de Deus com a sua vida e, na mesma noite, preparou um jantar de ação de graças ao Senhor. A partir daquele momento, ele estaria protegido, inclusive, de animais selvagens que poderiam viver naquela ilha.
Certo dia, o homem foi ao mar para pescar as suas próximas refeições e o resultado não poderia ter sido melhor. O almoço e o jantar daquele dia estavam garantidos. Mais uma vez, ele dobrou os joelhos e agradeceu a Deus. Porém, ao voltar para a sua cabana, ele decepcionou-se profundamente ao ver que a sua cabana tinha sido destruída por um incêndio inexplicável. A cabana foi totalmente queimada e o fumo do incêndio podia ser visto de muito longe. Muito triste, ele sentou-se na areia e, a chorar, começou a falar:
- Deus, como o Senhor pôde permitir que isto acontecesse? O Senhor sabe como foi difícil construir esta cabana e como ela era importante para me abrigar! Mas, mesmo assim, o Senhor deixou que ela se queimasse. O Senhor não tem compaixão de mim?
Mal tinha acabado de se lamentar, aquele homem sentiu uma mão a tocar no seu ombro. Uma voz lhe disse:
- Vamos, senhor?
Assustado, imediatamente ele virou-se para quem tinha falado com ele e ficou surpreso ao ver que era um marinheiro fardado que lhe disse:
- Vamos senhor, viemos te buscar!
Mas o homem respondeu:
- Mas como isso pode ter acontecido? Como souberam que eu estava perdido aqui na ilha?
A resposta do marinheiro foi surpreendente:
- Ora, a nossa tripulação viu os sinais de fumo que o senhor fez a pedir socorro. O nosso capitão, então, ordenou que o navio parasse e que eu o viesse buscar com aquele bote que está ali na praia.

Aquele homem, que há pouco tempo estava desiludido, achando que Deus não se importava com ele, foi levado ao navio de volta para casa emocionado com o que aconteceu.

Muitas vezes, Deus "queima" a nossa "cabana" para nos levar de volta ao lugar que Ele deseja. Deus tira de perto de nós tudo aquilo que nos oferece uma falsa segurança, para nos mostrar que só Ele sabe o que é melhor para nós! Talvez a sua "cabana" que se perdeu foi um ente querido que partiu ou um emprego que te dava uma estabilidade... Não importa. Este é o momento para você refletir, e principalmente agradecer, mesmo sem ter todas as respostas, pois Deus sabe o que faz. Então peça ao Senhor que cumpra sempre a vontade dEle na sua vida, pois ela é boa, perfeita e agradável! (Romanos 12:2)

"Como é feliz o homem a quem Deus corrige; portanto, não despreze a disciplina do Todo-poderoso. Pois Ele fere, mas trata do ferido; Ele machuca, mas suas mãos também curam" (Jó 5:17,18).


sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Leituras e Evangelho 20/11/2016

LEITURA I 2 Sam 5, 1-3 
«Ungiram David como rei de Israel» 
 rei David, antepassado de Jesus, é uma figura de Cristo, Pastor e Rei. A leitura refere-se à unção de David como rei de Israel. David fez a união de todas as tribos do povo do Antigo Testamento, e recebeu a promessa de que da sua descendência nasceria o Messias, o enviado de Deus. De facto, Jesus, descendente de David, é o verdadeiro Ungido de Deus, como indica o nome de “Cristo”, e é Ele o verdadeiro unificador e pastor, não só das tribos de Israel, mas de todos os homens, por quem Ele deu o Sangue na Cruz, “para trazer à unidade os filhos de Deus que andavam dispersos”. (Jo 11, 5-2). 

Leitura do Segundo Livro de Samuel 
Naqueles dias, todas as tribos de Israel foram ter com David a Hebron e disseram-lhe: «Nós somos dos teus ossos e da tua carne. Já antes, quando Saul era o nosso rei, eras tu quem dirigia as entradas e saídas de Israel. E o Senhor disse-te: ‘Tu apascentarás o meu povo de Israel, tu serás rei de Israel’». Todos os anciãos de Israel foram à presença do rei, a Hebron. O rei David concluiu com eles uma aliança diante do Senhor e eles ungiram David como rei de Israel. 
Palavra do Senhor. 

SALMO RESPONSORIAL Salmo 121 (122), 1-2.4-5 (R. cf. 1) 
Refrão: Vamos com alegria para a casa do Senhor. Repete-se 

Alegrei-me quando me disseram: «Vamos para a casa do Senhor». 
Detiveram-se os nossos passos às tuas portas, Jerusalém. Refrão 

Jerusalém, cidade bem edificada, que forma tão belo conjunto! 
Para lá sobem as tribos, as tribos do Senhor. Refrão 

Para celebrar o nome do Senhor, segundo o costume de Israel; 
ali estão os tribunais da justiça, os tribunais da casa de David. Refrão 

LEITURA II Col 1, 12-20 
«Transferiu-nos para o reino do seu Filho muito amado» 
Esta leitura é um verdadeiro hino, possivelmente um cântico da Igreja primitiva, incluído por S. Paulo nesta carta, em honra de Jesus Cristo, conforme a fé com que o povo de Deus sempre O soube contemplar: o “Primogénito de toda a criatura” e o “Primogénito de entre os mortos”, “Cabeça da Igreja, que é o seu Corpo”, vértice e plenitude de todo o Universo. 

Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Colossenses 
Irmãos: Damos graças a Deus Pai, que nos fez dignos de tomar parte na herança dos santos, na luz divina. Ele nos libertou do poder das trevas e nos transferiu para o reino do seu Filho muito amado, no qual temos a redenção, o perdão dos pecados. Cristo é a imagem de Deus invisível, o Primogénito de toda a criatura; Porque n’Ele foram criadas todas as coisas no céu e na terra, visíveis e invisíveis, Tronos e Dominações, Principados e Potestades: por Ele e para Ele tudo foi criado. Ele é anterior a todas as coisas e n’Ele tudo subsiste. Ele é a cabeça da Igreja, que é o seu corpo. Ele é o Princípio, o Primogénito de entre os mortos; em tudo Ele tem o primeiro lugar. Aprouve a Deus que n’Ele residisse toda a plenitude e por Ele fossem reconciliadas consigo todas as coisas, estabelecendo a paz, pelo sangue da sua cruz, com todas as criaturas na terra e nos céus. 
Palavra do Senhor. 

ALELUIA Mc 11, 9.10 
Refrão: Aleluia. Repete-se 
Bendito O que vem em nome do Senhor! Bendito o reino do nosso pai David! Refrão 

EVANGELHO Lc 23, 35-43 
«Lembra-Te de mim, Senhor, quando vieres com a tua realeza» 
A fé na realeza de Jesus é a que nós confessamos quando chamamos a Jesus Cristo, nosso “Senhor”. Esta “Senhoria” ou realeza de Jesus, reconheceu-a o bom ladrão no meio dos sofrimentos da Cruz, revelou-se claramente na glória da Ressurreição, e esperamo-la nós quando ela se manifestar a todos os homens na última vinda do Senhor, que este Domingo simbolicamente antecipa para alimento da nossa fé e da nossa esperança. 

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas 
Naquele tempo, os chefes dos judeus zombavam de Jesus, dizendo: «Salvou os outros: salve-Se a Si mesmo, se é o Messias de Deus, o Eleito». Também os soldados troçavam d’Ele; aproximando-se para Lhe oferecerem vinagre, diziam: «Se és o Rei dos judeus, salva-Te a Ti mesmo». Por cima d’Ele havia um letreiro: «Este é o Rei dos judeus». Entretanto, um dos malfeitores que tinham sido crucificados insultava-O, dizendo: «Não és Tu o Messias? Salva-Te a Ti mesmo e a nós também». Mas o outro, tomando a palavra, repreendeu-o: «Não temes a Deus, tu que sofres o mesmo suplício? Quanto a nós, fez-se justiça, pois recebemos o castigo das nossas más acções. Mas Ele nada praticou de condenável». E acrescentou: «Jesus, lembra-Te de Mim, quando vieres com a tua realeza». Jesus respondeu-lhe: «Em verdade te digo: Hoje estarás comigo no Paraíso». 
Palavra da salvação.

terça-feira, 15 de novembro de 2016

12 ensinamentos do Papa Francisco sobre Nossa Senhora

O nosso caminho de Fé está unido de maneira indissolúvel a Maria, desde o momento em que Jesus, morrendo na cruz, entregou-a a nós como Mãe.

Papa Francisco, em cada uma das suas homilias sobre Nossa Senhora, garante-nos que Maria vela por todos e cada um de nós, como mãe e com uma grande ternura, misericórdia e amor, e sempre nos incentiva a sentir o seu olhar amável.

Apresentamos, a seguir, alguns dos ensinamentos do Papa Francisco sobre Maria:

1. Um cristão sem Maria está órfão. Também um cristão sem a Igreja é um órfão. Um cristão precisa destas duas mulheres, duas mulheres mães, duas mulheres virgens: a Igreja e a Mãe de Deus.

2. Maria faz precisamente isso connosco: ajuda-nos a crescer humanamente e na Fé, a ser fortes e a não ceder à tentação de ser homens e cristãos de uma maneira superficial, mas a viver com responsabilidade, a tender cada vez mais ao alto.

3. Ela é uma mãe que ajuda os filhos a crescerem, e quer que cresçam bem. Por isso, educa-os a não ceder à preguiça (que também deriva de certo bem-estar), a não conformar-se com uma vida cómoda que se contenta somente com ter algumas coisas.

4. Maria dá-nos saúde. Ela é a nossa saúde.

5. É a mãe que cuida dos seus filhos para que cresçam mais e mais, cresçam fortes, capazes de assumir responsabilidades, de assumir compromissos na vida, de tender a grandes ideais.

6. Maria é mãe, e uma mãe se preocupa sobretudo com a saúde dos seus filhos. A Virgem protege a nossa saúde. O que isso quer dizer? Penso sobretudo em três aspectos: Ela ajuda -nos a crescer, a enfrentar a vida, a ser livres.

7. A Virgem Maria educa os seus filhos no realismo e na fortaleza diante dos obstáculos, que são inerentes à própria vida, e que Ela mesma padeceu ao participar dos sofrimentos do Seu Filho.

8. Ela é uma mãe que nem sempre leva os seus filhos pelo caminho mais “seguro”, porque dessa maneira eles não podem crescer. Mas tampouco somente pelo caminho arriscado, porque é perigoso. Uma mãe sabe equilibrar estas coisas. Uma vida sem desafios não existe, e uma pessoa que não sabe enfrentá-los arriscando-se não tem coluna vertebral!

9. Maria luta connosco, sustenta os cristãos no combate contra as forças do mal.

10. Maria é a mãe que, com paciência e ternura, nos leva a Deus, para que Ele desate os nós da nossa alma.

11. Maria é a mãe boa, e uma mãe boa não somente acompanha os filhos no crescimento sem evitar os problemas, os desafios da vida; uma mãe boa ajuda também a tomar decisões definitivas com liberdade.

12. Toda a existência de Maria é um hino à vida, um hino de amor à vida: Ela gerou Jesus na carne e acompanhou o nascimento da Igreja no calvário e no cenáculo.

Oração
Maria, faz-nos sentir o teu olhar de Mãe, guia-nos até ao teu Filho, faz que não sejamos cristãos de vitrina, mas cristãos que sabem construir, com o teu filho Jesus, o seu reino de amor, de alegria e de paz. Amém.


sexta-feira, 11 de novembro de 2016

A Lenda de S. Martinho

Leituras e Evangelho 13/11/2016

LEITURA I Mal 3, 19-20a 
«Para vós nascerá o sol de justiça» 
O profeta anuncia o “Dia do Senhor”, expressão que na Bíblia significa uma intervenção especial de Deus, por vezes de castigo, mas sempre em ordem à salvação. Nesta leitura, o Dia do Senhor apresenta-se como dia de castigo, “ardente como uma fornalha”, para os ímpios; mas para os justos, para os que temem o nome do Senhor, esse dia verá brilhar o “Sol da Justiça”, que traz “a salvação nos seus raios”. O “Sol da Justiça” é finalmente Jesus Cristo. 

Leitura da Profecia de Malaquias 
Há-de vir o dia do Senhor, ardente como uma fornalha; e serão como a palha todos os soberbos e malfeitores. O dia que há-de vir os abrasará – diz o Senhor do Universo – e não lhes deixará raiz nem ramos. Mas para vós que temeis o meu nome, nascerá o sol de justiça, trazendo nos seus raios a salvação. 
Palavra do Senhor. 

SALMO RESPONSORIAL Salmo 97 (98), 5-9 (R. cf. 9) 
Refrão: O Senhor virá governar com justiça. Repete-se 
Ou: O Senhor julgará o mundo com justiça. Repete-se. 

Cantai ao Senhor ao som da cítara, ao som da cítara e da lira; 
ao som da tuba e da trombeta, aclamai o Senhor, nosso Rei. Refrão 

Ressoe o mar e tudo o que ele encerra, a terra inteira e tudo o que nela habita; 
aplaudam os rios e as montanhas exultem de alegria. Refrão 

Diante do Senhor que vem, que vem para julgar a terra; julgará o mundo com justiça 
e os povos com equidade. Refrão 

LEITURA II 2 Tes 3, 7-12 
«Quem não quer trabalhar, também não deve comer» 
A consciência que os cristãos têm do fim dos tempos e da vida futura em nada os deve afastar de olharem para esta vida com interesse, entregando-se ao trabalho de cada dia, porque continua a ser verdade que cada um há-de comer o pão com o suor do seu rosto. Os Tessalonicenses, julgando próxima a vinda do Senhor, não estavam a entender isto muito bem. 

Leitura da Segunda Epístola do apóstolo São Paulo aos Tessalonicenses 
Irmãos: Vós sabeis como deveis imitar-nos, pois não vivemos entre vós na ociosidade, nem comemos de graça o pão de ninguém. Trabalhámos dia e noite, com esforço e fadiga, para não sermos pesados a nenhum de vós. Não é que não tivéssemos esse direito, mas quisemos ser para vós exemplo a imitar. Quando ainda estávamos convosco, já vos dávamos esta ordem: quem não quer trabalhar, também não deve comer. Ouvimos dizer que alguns de vós vivem na ociosidade, sem fazerem trabalho algum, mas ocupados em futilidades. A esses ordenamos e recomendamos, em nome do Senhor Jesus Cristo, que trabalhem tranquilamente, para ganharem o pão que comem. 
Palavra do Senhor. 

ALELUIA Lc 21, 28 
Refrão: Aleluia. Repete-se 
Erguei-vos e levantai a cabeça, porque a vossa libertação está próxima. Refrão 

EVANGELHO Lc 21, 5-19 
«Pela vossa perseverança salvareis as vossas almas» 
Jesus anuncia a ruína de Jerusalém, e previne os seus discípulos contra os falsos profetas, os falsos rebates com que muitos os pretendiam arrastar. Anuncia-lhes que eles terão certamente muito a sofrer, mas promete-lhes a sua assistência até ao fim e será no fim que se encontrará a plenitude da salvação. 

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas 
Naquele tempo, comentavam alguns que o templo estava ornado com belas pedras e piedosas ofertas. Jesus disse-lhes: «Dias virão em que, de tudo o que estais a ver, não ficará pedra sobre pedra: tudo será destruído». Eles perguntaram-Lhe: «Mestre, quando sucederá isto? Que sinal haverá de que está para acontecer?». Jesus respondeu: «Tende cuidado; não vos deixeis enganar, pois muitos virão em meu nome e dirão: ‘Sou eu’; e ainda: ‘O tempo está próximo’. Não os sigais. Quando ouvirdes falar de guerras e revoltas, não vos alarmeis: é preciso que estas coisas aconteçam primeiro, mas não será logo o fim». Disse-lhes ainda: «Há-de erguer-se povo contra povo e reino contra reino. Haverá grandes terramotos e, em diversos lugares, fomes e epidemias. Haverá fenómenos espantosos e grandes sinais no céu. Mas antes de tudo isto, deitar-vos-ão as mãos e hão-de perseguir-vos, entregando-vos às sinagogas e às prisões, conduzindo-vos à presença de reis e governadores, por causa do meu nome. Assim tereis ocasião de dar testemunho. Tende presente em vossos corações que não deveis preparar a vossa defesa. Eu vos darei língua e sabedoria a que nenhum dos vossos adversários poderá resistir ou contradizer. Sereis entregues até pelos vossos pais, irmãos, parentes e amigos. Causarão a morte a alguns de vós e todos vos odiarão por causa do meu nome; mas nenhum cabelo da vossa cabeça se perderá. Pela vossa perseverança salvareis as vossas almas». 
Palavra da salvação.