O pequeno Rui Jorge entra em casa, após a aula, a bater forte com os seus pés no soalho da casa. O seu pai, que estava a ir para o quintal para fazer alguns serviços na horta, ao ver aquilo chama o Rui Jorge para uma conversa. Rui Jorge, de oito anos de idade, acompanha-o desconfiado. Antes que o seu pai dissesse alguma coisa, fala irritado:
- Pai, estou com muita raiva. O Diogo não deveria ter feito aquilo comigo. Desejo tudo de mau para ele.
O seu pai, um homem simples mas cheio de sabedoria, ouve calmamente o filho que continua a reclamar:
- O Diogo humilhou-me na frente dos meus amigos. Não aceito. Gostaria que ele ficasse doente sem poder ir à escola.
O pai escuta tudo calado enquanto caminha até a um abrigo onde guardava um saco cheio de carvão. Levou o saco até ao fundo do quintal e o filho acompanhou-o, calado. Rui Jorge vê o saco a ser aberto e antes mesmo que ele pudesse fazer alguma pergunta, o pai propõe-lhe algo:
- Filho, faz de conta que aquela camisa branquinha que está a secar no varal é o teu amiguinho Diogo, e cada pedaço de carvão é um mau pensamento teu, endereçado a ele. Quero que atires todo o carvão do saco na camisa, até ao último pedaço. Depois eu volto para ver como ficou.
O menino achou que seria uma brincadeira divertida e pôs mãos à obra. O varal com a camisa estava longe do menino e poucos pedaços acertavam o alvo. Uma hora se passou e o Rui Jorge terminou a tarefa. O pai que espiava tudo de longe, aproxima-se do filho e pergunta-lhe:
- Filho como te estás a sentir agora?
- Estou cansado mas estou alegre porque acertei muitos pedaços de carvão na camisa.
O pai olha para o filho, que fica sem entender a razão daquela brincadeira, e carinhoso fala-lhe:
- Anda comigo até ao meu quarto, quero-te mostrar uma coisa.
O filho acompanha o pai até ao quarto e é colocado na frente de um grande espelho onde pode ver o seu corpo todo.
Que susto! Só se conseguia ver os seus dentes e os olhinhos. O pai, então, diz-lhe ternamente:
- Filho, viste que a camisa quase não se sujou; mas, olha só para ti! Os males que desejamos aos outros são como o que te aconteceu. Por mais que possamos atrapalhar a vida de alguém com os nossos pensamentos, a borra, os resíduos, a fuligem ficam sempre em nós mesmos...
- Pai, estou com muita raiva. O Diogo não deveria ter feito aquilo comigo. Desejo tudo de mau para ele.
O seu pai, um homem simples mas cheio de sabedoria, ouve calmamente o filho que continua a reclamar:
- O Diogo humilhou-me na frente dos meus amigos. Não aceito. Gostaria que ele ficasse doente sem poder ir à escola.
O pai escuta tudo calado enquanto caminha até a um abrigo onde guardava um saco cheio de carvão. Levou o saco até ao fundo do quintal e o filho acompanhou-o, calado. Rui Jorge vê o saco a ser aberto e antes mesmo que ele pudesse fazer alguma pergunta, o pai propõe-lhe algo:
- Filho, faz de conta que aquela camisa branquinha que está a secar no varal é o teu amiguinho Diogo, e cada pedaço de carvão é um mau pensamento teu, endereçado a ele. Quero que atires todo o carvão do saco na camisa, até ao último pedaço. Depois eu volto para ver como ficou.
O menino achou que seria uma brincadeira divertida e pôs mãos à obra. O varal com a camisa estava longe do menino e poucos pedaços acertavam o alvo. Uma hora se passou e o Rui Jorge terminou a tarefa. O pai que espiava tudo de longe, aproxima-se do filho e pergunta-lhe:
- Filho como te estás a sentir agora?
- Estou cansado mas estou alegre porque acertei muitos pedaços de carvão na camisa.
O pai olha para o filho, que fica sem entender a razão daquela brincadeira, e carinhoso fala-lhe:
- Anda comigo até ao meu quarto, quero-te mostrar uma coisa.
O filho acompanha o pai até ao quarto e é colocado na frente de um grande espelho onde pode ver o seu corpo todo.
Que susto! Só se conseguia ver os seus dentes e os olhinhos. O pai, então, diz-lhe ternamente:
- Filho, viste que a camisa quase não se sujou; mas, olha só para ti! Os males que desejamos aos outros são como o que te aconteceu. Por mais que possamos atrapalhar a vida de alguém com os nossos pensamentos, a borra, os resíduos, a fuligem ficam sempre em nós mesmos...
Para reflectir:
Cuidado com os pensamentos; eles transformam-se em palavras.
Cuidado com as palavras; elas transformam-se em acções.
Cuidado com as acções; elas transformam-se em hábitos.
Cuidado com os hábitos; eles "moldam" o seu carácter.
Cuidado com o carácter; ele controla o seu destino.
Cuidado com as palavras; elas transformam-se em acções.
Cuidado com as acções; elas transformam-se em hábitos.
Cuidado com os hábitos; eles "moldam" o seu carácter.
Cuidado com o carácter; ele controla o seu destino.
(desconheço o autor)

1 comentário:
Pois, e podemos concluir daí que "quem semeia ventos colhe tempestades". Óptimo texto para reflectir...
Enviar um comentário