Um dia, um homem sábio falou-lhe que ele deveria ler os evangelhos porque lá ele descobriria como Deus gostaria que ele vivesse.
Diogo passou a ler os evangelhos. Certo dia leu a narrativa do evangelho de Lucas do banquete em casa do rico fariseu que recebeu Jesus em sua casa, mas não providenciou água para os pés, nem ungiu a cabeça de Jesus, nem o beijou.
Naquela noite, Diogo foi dormir a pensar em como ele receberia Jesus, se ele viesse a sua casa. De repente, acordou sobressaltado com uma voz que lhe dizia:
- Diogo! Olha para a rua amanhã, pois eu virei.
Logo cedo, o sapateiro acendeu o fogo e preparou a sua sopa de repolho e as suas papas de farinha. Começou a trabalhar e sentou-se junto à janela para ver melhor a rua. Pensando na noite da véspera, olhava mais para a rua do que trabalhava.
Passou um porteiro de casa, um carregador de água. Depois uma mulher com sapatos de camponesa, com um bebé ao colo. Ela estava vestida com roupas pobres, leves e velhas. Segurava o bebé junto ao corpo, procurava protege-lo do vento frio que soprava forte. Diogo convidou-a a entrar e serviu-lhe uma sopa. Enquanto comia, ela contou a sua vida. O seu marido era soldado. Estava longe há oito meses. Ela já tinha vendido tudo o que tinha e acabara de empenhar o seu xale. Diogo procurou um casaco grosso e pesado e envolveu a mulher e o filho. Depois de alimentados e agasalhados, eles foram-se, não sem antes Diogo deixar na mão da pobre mãe umas moedas para que ela pudesse tirar o xale do penhor.
Quando um velho que trabalhava na rua, a limpar a neve da frente das casas, parou para descansar, encostado à parede da sua oficina e lar, Diogo convidou-o a entrar. Serviu-lhe chá quente e falou-lhe da sua espera. Ele aguardava Jesus. O velho homem foi embora, reconfortado no corpo e na alma e Diogo voltou a costurar uma botina.
O dia acabou. E quando ele não podia mais ver para passar a agulha pelos furos do couro, juntou as suas ferramentas, varreu o chão e colocou o lampião sobre a mesa.
Procurou o Evangelho e abriu-o. Então, ouvindo passos, ele olhou em volta. Uma voz sussurrou:
- Diogo, não me conhece?
- Quem é? - perguntou o sapateiro.
- Sou eu. - disse a voz. E num canto da sala, apareceu a mulher com o bebé ao colo. Ela sorriu, o bebé também e então desapareceram.
- Sou eu. - tornou a falar a voz. No outro canto apareceu o velho homem. Sorriu e desapareceu.
A alma de Diogo alegrou-se. Ele começou a ler o evangelho onde estava aberto: “Porque tive fome, e me destes de comer; tive sede, e me destes de beber; era hóspede, e me recolhestes.”
No fim da página, ele leu: “Quantas vezes vós fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, a mim é que o fizestes.”
(desconheço o autor)
Para Refletir:
Diogo compreendeu que Jesus Cristo tinha-o visitado naquele dia, e que ele o recebera bem.
Logo cedo, o sapateiro acendeu o fogo e preparou a sua sopa de repolho e as suas papas de farinha. Começou a trabalhar e sentou-se junto à janela para ver melhor a rua. Pensando na noite da véspera, olhava mais para a rua do que trabalhava.
Passou um porteiro de casa, um carregador de água. Depois uma mulher com sapatos de camponesa, com um bebé ao colo. Ela estava vestida com roupas pobres, leves e velhas. Segurava o bebé junto ao corpo, procurava protege-lo do vento frio que soprava forte. Diogo convidou-a a entrar e serviu-lhe uma sopa. Enquanto comia, ela contou a sua vida. O seu marido era soldado. Estava longe há oito meses. Ela já tinha vendido tudo o que tinha e acabara de empenhar o seu xale. Diogo procurou um casaco grosso e pesado e envolveu a mulher e o filho. Depois de alimentados e agasalhados, eles foram-se, não sem antes Diogo deixar na mão da pobre mãe umas moedas para que ela pudesse tirar o xale do penhor.
Quando um velho que trabalhava na rua, a limpar a neve da frente das casas, parou para descansar, encostado à parede da sua oficina e lar, Diogo convidou-o a entrar. Serviu-lhe chá quente e falou-lhe da sua espera. Ele aguardava Jesus. O velho homem foi embora, reconfortado no corpo e na alma e Diogo voltou a costurar uma botina.
O dia acabou. E quando ele não podia mais ver para passar a agulha pelos furos do couro, juntou as suas ferramentas, varreu o chão e colocou o lampião sobre a mesa.
Procurou o Evangelho e abriu-o. Então, ouvindo passos, ele olhou em volta. Uma voz sussurrou:
- Diogo, não me conhece?
- Quem é? - perguntou o sapateiro.
- Sou eu. - disse a voz. E num canto da sala, apareceu a mulher com o bebé ao colo. Ela sorriu, o bebé também e então desapareceram.
- Sou eu. - tornou a falar a voz. No outro canto apareceu o velho homem. Sorriu e desapareceu.
A alma de Diogo alegrou-se. Ele começou a ler o evangelho onde estava aberto: “Porque tive fome, e me destes de comer; tive sede, e me destes de beber; era hóspede, e me recolhestes.”
No fim da página, ele leu: “Quantas vezes vós fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, a mim é que o fizestes.”
(desconheço o autor)
Para Refletir:
Diogo compreendeu que Jesus Cristo tinha-o visitado naquele dia, e que ele o recebera bem.
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