quarta-feira, 10 de agosto de 2011

O COELHO E O CACHORRO

Eram dois vizinhos. Um deles comprou um coelho para os filhos.
Os filhos do outro vizinho também queriam um animal de estimação. O homem comprou um pequeno pastor alemão.
Conversa entre os dois vizinhos:
- Ele vai comer o meu coelho!

- De jeito nenhum. O meu pastor é pequeno. Vão crescer juntos, e "fazer" amizade...
E, parece que o dono do cão tinha razão. Juntos cresceram e tornaram-se amigos. Era normal ver o coelho no quintal do cachorro e vice-versa. As crianças, estavam felizes com os dois animais.
Eis que o dono do coelho foi viajar com a família e o coelho ficou sozinho. No domingo, à tarde, o dono do cachorro e a família tomavam um lanche quando, de repente, entra o pastor alemão com o coelho entre os dentes, imundo, sujo de terra, morto. Quase mataram o cachorro de tanto agredi-lo, o cão levou uma surra!

- O vizinho estava certo, e agora? Só podia dar nisto! Mais algumas horas e os vizinhos iam chegar. E agora?! – dizia o homem.
Todos se olhavam. O cachorro, coitado, chorava lá fora, e lambia os seus ferimentos.
- Já pensaram como vão ficar as crianças?
Não se sabe exactamente quem teve a ideia, mas parecia infalível:
- Vamos lavar o coelho, deixá-lo limpinho, depois secamos com o secador e colocamo-lo na sua casinha. E assim fizeram. Até perfume colocaram no coelhinho. Ficou lindo, parecia vivo, diziam as crianças. Logo depois ouvem os vizinhos chegarem. Ouvem os gritos das crianças....
- Descobriram!

Não passaram cinco minutos e o dono do coelho veio bater-lhes à porta, assustado. Parecia que tinha visto um fantasma.
- O que foi? Que cara e essa?
- O coelho, o coelho...
- O que tem o coelho?
- Morreu!
- Morreu? Ainda hoje à tarde parecia tão bem.
- Morreu na sexta-feira!
- Na sexta?
- Foi. Antes de viajarmos as crianças enterraram-no no fundo do quintal e agora reapareceu! …

A história termina aqui. O que aconteceu depois não importa. Mas o grande personagem desta história é o cachorro. Imagine o coitado, desde sexta-feira a procurar em vão pelo seu amigo de infância. Depois de muito farejar, descobre o corpo morto e enterrado. O que faz ele? Provavelmente com o coração partido, desenterra o amigo e vai mostrar aos seus donos, imaginando que o poderiam fazer ressuscitá-lo.


(desconheço o autor)

Moral da história:
O ser humano continua o mesmo, sempre a julgar os outros...
Outra lição que podemos tirar desta história é que o homem tem a tendência de julgar os factos sem antes verificar o que de facto aconteceu.
Quantas vezes tiramos conclusões erradas das situações e nos achamos donos da verdade?





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