D. Manuel Pelino, presidente da Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé, abriu as Jornadas Nacionais de Catequistas, em Fátima, lembrando os catequistas que são “servidores”.
"Nós, os catequistas, somos servidores da Palavra de Deus. Nós não somos donos da Palavra. Ela tem uma força e uma eficácia própria. É como se ela fosse um 'quase sacramento'. Nós devemos transmiti-la conforme a recebemos e permitir que ela frutifique em nós e transmiti-la aos outros", - disse o prelado.
"São precisos catequistas livres das suas ideias, com o coração em Jesus, e com capacidade missionária para assumirem a sua missão onde a Igreja lhes pede e não onde 'dá jeito'", - recordava o diácono e diretor do Departamento de Catequese de Santarém, Paulo Campino, na sua conferência.
“O mais importante é viver com a Palavra. Viver da Palavra dentro do comprometimento com a comunidade cristã. Necessitamos catequistas que se alimentem nos sacramentos".
O novo coordenador do Departamento de Ensino Religioso Escolar no , Fernando Moita, apresentou a Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC), como “mais uma forma de ensinar o fenómeno do cristianismo” e defende que os catequistas "são importantes no despertar dos seus catequizandos para a existência da disciplina" e para o motivar para que "na escola os catequizandos sejam testemunhos da sua fé".
As Jornadas Nacionais da Catequese (JNC) 2014 têm como tema "A Alegria de anunciar Jesus Cristo."
Papa Francisco dirigindo-se aos catequistas ...
Caríssima/o Catequista,
«A catequese constitui uma coluna para a educação da fé, e são precisos bons catequistas! Obrigado por este serviço à Igreja e na Igreja. Embora possa às vezes ser difícil – trabalha-se tanto, empenha-se e não se vêem os resultados desejados –, mas educar na fé é maravilhoso! É talvez a melhor herança que possamos dar a alguém: a fé! Educar na fé, para que essa pessoa cresça. Ajudar as crianças, os adolescentes, os jovens, os adultos a conhecerem e amarem cada vez mais o Senhor é uma das mais belas aventuras educativas; está-se a construir a Igreja! «Ser» catequista!» (…)
«E «ser» catequista requer amor: amor cada vez mais forte a Cristo, amor ao seu povo santo. E este amor não se compra nas lojas, nem se compra sequer aqui em Roma. Este amor vem de Cristo! É um presente de Cristo! E se vem de Cristo, parte de Cristo; e nós devemos recomeçar de Cristo, deste amor que Ele nos dá. Para um catequista, para vós e para mim, porque também eu sou catequista, que significa este recomeçar de Cristo? Que significa?» (…)
- cultivar a familiaridade com Ele, ter esta familiaridade com Jesus: Jesus recomenda-o, com insistência, aos discípulos na Última Ceia (…) Se estivermos unidos a Ele, podemos dar fruto, e esta é a familiaridade com Cristo.
-imitá-Lo na saída de Si mesmo para ir ao encontro do outro. Trata-se de uma experiência maravilhosa, embora um pouco paradoxal. Porquê? Porque, quem coloca Cristo no centro da sua vida, descentraliza-se! (…)
- não ter medo de ir com Ele para as periferias. (…) Que nos ensina? Ensina-nos a não ter medo de sair dos nossos esquemas para seguir a Deus, porque Deus vai sempre mais além. (…)
Permaneçamos com Cristo – permanecer em Cristo –, procuremos cada vez mais ser um só com Ele; sigamo-Lo, imitemo-lo no seu movimento de amor, no seu sair ao encontro do homem; e saiamos, abramos as portas, tenhamos a audácia de traçar estradas novas para o anúncio do Evangelho.
Que o Senhor vos abençoe e Nossa Senhora vos acompanhe! Obrigado!
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