sexta-feira, 19 de junho de 2015

Os olhos com que se vê a vida...

Há muitos, muitos anos, numa aldeia distante, vivia uma idosa que vendia bolinhos caseiros na rua e era conhecida por toda a gente como a «idosa chorona», pois ela passava sempre o dia a lamentar-se e a choramingar. Com essa maneira de ser, a idosa chegava mesmo a perder muitos clientes que não tinham paciência para lhe aturar as lamurias.
Um sábio professor que, todos os dias, a caminho do trabalho, passava junto à idosa vendedeira de bolinhos, começou a ficar intrigado com tanta choradeira. E perguntou-lhe a que tal se devia, ao qual ela respondeu:
- "Tenho dois filhos, um faz delicadas sandálias, o outro guarda-chuvas. Quando faz sol, penso que ninguém comprará os guarda-chuvas do meu filho, e ele e a sua família vão passar necessidades. Quando chove, penso no outro filho que faz sandálias, e que ninguém vai comprá-las. Então ele também vai ter dificuldade para sustentar a sua família." 
O professor sorriu e disse: 
- "Mas... o que a senhora tem a fazer é mudar a perspectiva com que encara a vida. Passar a ver as coisas pela positiva. Repare: quando o sol brilha, o seu filho que faz sandálias venderá muito, e isso é muito bom. Quando chove, o seu filho que faz guarda-chuvas venderá muito, e isso é também muito bom." 
A idosa chorona acabou por compreender e... aceitar. Desde então, passa todos os dias, quer chova, quer faça sol, a sorrir feliz e apregoando os seus bolinhos caseiros. Os clientes, atraídos pela sua boa-disposição, são cada vez mais...

(desconheço o autor)

Reflexão:
Tudo tem uma razão, uma importância para existir. Depende de nós encontrarmos o lado bom. A felicidade não está em viver, mas em saber viver.




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