sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Significado de algumas palavras...

Aleluia - Aclamação litúrgica, tirada do hebreu, que significa “Louvai o Senhor”. É frequente nos salmos. Na liturgia, é empregada como expressão de alegria e louvor. Não é usada na Quaresma, mas é muito frequente no Tempo Pascal. 

Adão – Palavra hebraica que significa: homem, pai de toda a raça humana, pai da humanidade, da pessoa humana.

Alfa e Ómega - Primeira e última letra do alfabeto grego, respectivamente. São usadas na Bíblia para designar Jesus Cristo como o começo e o fim de tudo. Na liturgia da Vigília Pascal emprega-se esta imagem na bênção do círio pascal.

Altar - Ara ou pedra destinada aos sacrifícios. Para os cristãos é, além disso, mesa para o banquete comunitário. O altar fica no presbitério e deve ser o centro da atenção. O altar representa o Cristo. É por essa razão que lhe é prestada honra (beijo, incenso…) e que não se pode colocar sobre ele um objecto qualquer.

Alva - Em latim, significa “branca”. É uma vestimenta litúrgica, utilizada pelos bispos, presbíteros, diáconos e outros ministros, em forma de túnica branca, que cobre desde o pescoço até perto do calcanhar. Alva significa limpeza.

Ambão - Vem do verbo grego “anabainer” que quer dizer: “subir.” No caso, é a estante, situada em local de destaque, onde são efectuadas as leituras, na liturgia da palavra, e realizada a pregação. 

Âmbula, Píxide ou Cibório - É semelhante ao cálice, mas tem uma tampa. Nela colocam-se as hóstias. Após a Missa é guardada no Sacrário. Enquanto contém o Santíssimo, costuma ser coberta com um tecido conhecido como “véu de âmbula”. 

Acólito – Leigo que ajuda o sacerdote ou o Diácono no altar.

Amém - Palavra hebraica que expressa a confirmação do que foi dito, e que pode ser traduzida popularmente por: “assim seja.” Compete à comunidade de fé responder, com ele, às orações de quem as dirige, manifestando, assim, a sua união espiritual ao seu conteúdo de fé e aos celebrantes. O termo amém pode significar também: “eu creio.”

Ano Litúrgico - O ano litúrgico é formado por três ciclos: o do Natal, o Pascal e o Tempo Comum (este com dois períodos). Ao longo dessas três etapas desdobra-se o mistério de Cristo: o seu nascimento, a sua vida pública, a sua paixão, morte e ressurreição. 

Apóstolo – “Mensageiro” – “Enviado”. Nome que a tradição cristã colocou nos primeiros doze seguidores de Jesus. 

Ascensão do Senhor - A Ascensão do Senhor significa “festa eclesiástica, comemorativa da glorificação de Cristo logo após a morte, representada, especialmente, como subida aos céus”. É uma festa móvel, no calendário cristão, que acontece 40 dias após o Domingo de Páscoa.

Ave-Maria - Oração com que os cristãos veneram a Santíssima Virgem. Primeiramente, compunha-se das palavras do Arcanjo e de Santa Isabel: “Ave-Maria, cheia de graça…” Posteriormente, acrescentou-se a segunda parte: “Santa Maria mãe de Deus…” de origem Franciscana.

Batistério - O mesmo que pia baptismal. É onde acontecem os baptizados.

Cálice - É uma "taça" revestida de ouro ou prateada. Vaso sagrado que abriga o vinho, que, após a consagração, torna-se no Sangue de Cristo. Este vaso já era utilizado na celebração da Páscoa judaica. Por isso, ao instituir a Eucaristia, durante a celebração da Última Ceia, com os seus apóstolos, Jesus tomou “um cálice…” 


Campainha - Pequeno instrumento de percussão, feito de metal, que o acólito toca antes da consagração do pão e do vinho, chamando a atenção da assembleia para aquele momento. Às vezes, em algumas igrejas, é tocada a campainha durante a elevação da hóstia e do cálice. 


Cardeal - Termo que vem do latim: cardinalis, que, por sua vez, vem de cardo que significa: eixo.
O cardeal faz parte de um colégio que forma o senado do Papa, e lhe assiste no governo da Igreja. Cardeal é um eixo que une.


Catedral - É a Igreja mãe e sede de uma Diocese ou Arquidiocese. Nela, o Bispo ou Arcebispo exerce o seu Magistério Episcopal, a sua função ministerial de ensinar a recta doutrina cristã. Na Catedral, a cadeira onde o Bispo se senta, na presidência das celebrações litúrgica, é chamada de Cátedra. Daí, o nome Catedral.


Cinzas - A cinza usada na quarta-feira que dá início à Quaresma é feita com a queima dos ramos bentos, no Domingo de Ramos. É guardada de um ano para outro e colocada sobre a cabeça dos fiéis, na celebração da Quarta-feira de Cinzas. Na ocasião, o celebrante lembra a passagem bíblica: “Tu és pó e ao pó tornarás”. (Gn 3, 19)

Círio Pascal - Vela de cera, de maiores proporções, que representa o Cristo ressuscitado e a coluna de fogo que precedia o povo de Israel através do deserto. Cinco grãos de incenso são-lhe encravados, e simbolizam as chagas contidas no corpo glorioso de Cristo. Esta vela grande é benzida e solenemente introduzida na Igreja no início da vigília pascal; em seguida é colocada ao lado da mesa da palavra ou ao lado do altar. O círio permanece aceso durante as acções litúrgicas do Tempo Pascal (até a festa de Pentecostes). O CÍRIO PASCAL ACESO SIMBOLIZA O CRISTO RESSUSCITADO.

Cores Litúrgicas - Para cada tempo litúrgico é usada uma cor, que aparece nos paramentos dos celebrantes, nos panos do altar, na cortina do Sacrário etc. Cada uma tem o seu significado. O uso das cores está definido nas normas das Instruções Gerais sobre o Missal Romano (nºs 308 e 309):
O verde – É a cor da esperança, usada nos ofícios e missas do tempo comum.
O Branco – Simboliza a vitória, a paz, a alma pura, a alegria. É usado nos ofícios e missas do tempo Pascal e do Natal; nas festas e memórias do Senhor, excepto as da Paixão; nas festas e memória da Virgem Maria, dos Santos Anjos, dos Santos não mártires, de Todos os Santos, São João Batista, São João Evangelista, Cátedra de São Pedro e conversão de São Paulo.
O Vermelho – Simboliza o fogo, o sangue, o amor divino, o martírio. É usado no domingo de Ramos, na sexta-feira Santa, no Pentecostes, na Paixão do Senhor, nas festas dos Apóstolos, Evangelistas e Santos Mártires.
O Roxo – Simboliza a penitência. É usado no Advento e na Quaresma. Pode ser usado, também, nos ofícios e missas pelos mortos.

Custódia - Também chamada de Ostensório. É uma peça dourada ou prateada onde se coloca a hóstia grande consagrada. É colocada numa abertura coberta por dois vidros, como uma janela redonda. Nele fica exposto o Santíssimo para adoração dos fiéis. É usado na procissão de "Corpus Christi", ficando sempre entre duas velas acesas. Quando se fizer a exposição do Santíssimo, o que nunca acontece durante a Missa, deve ser lida a Palavra de Deus, deve haver momento de oração, cantos e silêncio para adoração. 

Credencia - Pequena mesa, colocada nas proximidades do altar, sobre a qual se coloca objectos que vão ser utilizados durante a celebração, especialmente no momento do ofertório, como por exemplo: o vinho, o cálice, a patena, a água etc.

Credo – É um enunciado de artigos ou afirmações fundamentais da nossa fé. “Credo” é a palavra latina que significa “Creio”. Proclamar o Credo é confessar a adesão total a estas mesmas verdades.

Crucifixo - É uma cruz com o corpo de Nosso Senhor. Sobre o altar ou acima ou ao lado dele deve haver um crucifixo, para lembrar que a Ceia do Senhor é inseparável do seu Sacrifício Redentor. Na Última Ceia, Jesus deu aos discípulos, o "Sangue da Aliança que ia ser derramado por muitos para o perdão dos pecados". (Mt 26,28)  
 
Emanuel – Palavra hebraica que significa “Deus connosco”. 

Eucaristia - Termo grego que quer dizer Acção de Graças. É o maior dos sacramentos, em que o próprio Cristo está presente. Designa a refeição em que Jesus partiu o pão e deu aos seus apóstolos como o seu corpo e abençoou o cálice de vinho como cálice do seu sangue, da Nova Aliança. Recebe os nomes de: Ceia do Senhor, Última Ceia, Fracção do Pão, Ágape, Comunhão, Missa.

Evangelho – Palavra grega que significa boa nova, boa notícia. Além da pessoa de Jesus como boa nova, evangelho significa também o conteúdo, ensino ou mensagem transmitidos por Jesus. Os livros que transmitem esta mensagem são os evangelhos escritos pelas comunidades de Mateus, Marcos, Lucas e João.


Evangeliário - Livro que contém os Evangelho, que pode ser conduzido em procissão, na entrada da Missa e antes da proclamação do Evangelho.


Galhetas - São como duas jarrinhas de vidro. Numa vai a água e na outra, o vinho. Elas estão sempre juntas num pratinho, ao lado do altar.


Hóstia - É pão de trigo puro. Há uma hóstia grande para o Presidente da Celebração e as pequenas para o povo. A do padre é grande para ser vista de longe, na elevação, e ser repartida entre alguns participantes da celebração.  Assim chama-se o pão que é oferecido no altar e se transforma em corpo de Cristo, partido em comunhão na Missa. A hóstia maior fica na patena e é partida pelo sacerdote antes da comunhão, enquanto o povo canta ou diz Cordeiro de Deus. Na adoração do Santíssimo fica no ostensório. As hóstias pequenas, antes da consagração, ficam na âmbula, e depois da consagração são distribuídas aos fiéis. Mesmo partidas, são o próprio corpo de Cristo e por isso o ministro e os acólitos devem ter todo o cuidado para evitar que pessoas não preparadas levem a hóstia na mão, sem comungar. Se cair ao chão, deve ser consumida por um deles. Se estiver suja, poderá ser dissolvida em água. Se sobrarem hóstias consagradas, devem ser guardadas no sacrário. Os ministros que servem os doentes levam as hóstias na teça.



Lavatório - Pia da Sacristia. Nela há toalha e sabonete para que o sacerdote possa lavar as mãos antes e depois da celebração.

Lecionário
Livro com as leituras próprias para cada dia do ano litúrgico. Nele estão em sequência a primeira leitura, o salmo, a segunda leitura e o Evangelho próprio para a Missa de cada dia do ano. Há lecionários próprios para os domingos, para as celebrações eucarísticas durante a semana e para as festas dos santos. Pode ser FERIAL (para os dias comuns), SANTORAL (festas dos Santos) e DOMINICAL (para os domingos). Existe também o RITUAL (livro que contém as mais variadas celebrações: Ritual de Exéquias, Baptismal, Matrimonial...).

Magnificat – Canto da Virgem Maria por ocasião da visita à sua prima Isabel.

Missal - É um livro grosso que tem o rito da Missa, menos as Leituras, que estão no livro chamado Lecionário.  Diz-se "Missal Romano" porque é aprovado pelo chefe da Igreja Católica, o Papa, que tem a sua sede em Roma.  O missal romano é o livro de uso do sacerdote em que estão todas as orações da Missa, indicadas para cada dia, com as variações próprias do tempo e do motivo da celebração.

Naveta - Pequeno recipiente com tampa, em forma de açucareiro, alongado, onde se guarda o incenso. Tem o feitio de um barquinho e nela o acólito põe o incenso que depois o ministro colocará no turíbulo. 


Sacrário - Pequeno cofre sagrado onde é colocada a âmbula com as hóstias consagradas. Deve ser fechado com chave que fica sob a responsabilidade do Sacerdote ou do Ministro Extraordinário da Comunhão Eucarística. Uma lâmpada acesa indica a presença eucarística de Jesus.



Turíbulo - Recipiente de metal, com correntes, no qual se colocam brasas para queimar o incenso.

Véu do Cálice - É um pano quadrado com o qual se cobre o cálice até ao ofertório, e novamente, depois da comunhão.

Véu do Cibório - Capinha de seda branca que cobre a âmbula. É sinal de respeito para com a Eucaristia.

Verbo – Em latim “verbum” – significa palavra. Na teologia, indica Jesus Cristo (Palavra de Deus), segunda pessoa da Santíssima Trindade. Junto ao Pai, o Verbo, participa da mesma natureza divina, princípio e fim da criação e da revelação.

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