Durante o segundo mês na escola de enfermagem, o professor apresentou um questionário ao Mário e seus colegas. Ele era bom aluno e respondeu rápido a todas as questões até chegar à última que era: - Qual o primeiro nome da mulher que faz a limpeza na escola?
Sinceramente, isso parecia uma piada. Ele já tinha visto a tal mulher várias vezes. Ela era alta, cabelo escuro, lá pelos seus 50 anos, mas como ia saber o seu primeiro nome?
Entregou o teste e deixou essa questão em branco. Um pouco antes de a aula terminar, um outro aluno perguntou se a última pergunta do teste ia contar na nota.
- É claro. - respondeu o professor. Na sua carreira, você encontrará muitas pessoas. Todas têm o seu grau de importância. Elas merecem a sua atenção mesmo que seja com um simples sorriso ou um simples "olá".
Ele nunca mais esqueceu essa lição e também acabou por aprender que o primeiro nome da mulher que fazia a limpeza era Teresa.
Segunda lição importante:
Numa noite muito chuvosa, uma senhora americana, negra estava do lado de uma estrada no estado do Alabama enfrentando um tremendo temporal. O carro dela tinha avariado e ela precisava desesperadamente de uma boleia. Completamente molhada, ela começou a acenar para os carros que passavam. Um jovem branco, parecendo que não tinha conhecimento dos acontecimentos e conflitos dos anos 60, parou para ajudá-la. O rapaz colocou-a num lugar protegido, procurou ajuda mecânica e chamou-lhe um táxi. Ela parecia estar realmente com muita pressa mas conseguiu anotar o endereço dele para agradecer. Sete dias se passaram quando bateram à porta da casa do rapaz. Para a surpresa dele, uma enorme TV colorida e estava a ser entregue na casa dele com um bilhete que dizia:
- Muito obrigada por me ajudar na estrada naquela noite. A chuva não só tinha encharcado as minhas roupas como também o meu espírito. Aí, você apareceu. Por sua causa eu consegui chegar ao leito de morte do meu marido antes que ele falecesse. Deus o abençoe por ter me ajudado.
Sinceramente, Sra. Nat King Cole.
Terceira lição importante:
Sempre te deves lembrar daqueles que te serviram. Numa época em que um sorvete custava muito menos do que hoje, um menino de 10 anos entrou na pastelaria e sentou-se numa mesa. Uma empregada colocou um copo de água na frente dele.
- Quanto custa um sorvete duplo? perguntou ele.
- Um euro. - respondeu a empregada.
O menino tirou as moedas do bolso e começou a contá-las.
- Bem, quanto custa o sorvete simples? – perguntou ele.
Nessa altura, estavam mais pessoas à espera por uma mesa e a empregada a perder a paciência.
- Cinquenta cêntimos. - respondeu ela, de maneira brusca.
O menino, mais uma vez, contou as moedas e disse:
- Eu vou querer, então, o sorvete simples.
A empregada trouxe o sorvete simples, a conta, colocou na mesa e saiu. O menino acabou o sorvete, pagou a conta na caixa e saiu. Quando a empregada voltou, começou a chorar à medida que ia limpando a mesa, pois ali, do lado do prato, tinha cinquenta cêntimos, ou seja, veja bem, o menino não pediu o sorvete duplo porque ele queria que sobrasse a gorjeta para a empregada.
Quarta lição importante:
O obstáculo no nosso caminho... Há muitos anos atrás, um rei colocou uma pedra enorme no meio de uma estrada e ficou escondido a observar para ver se alguém tiraria a imensa rocha do caminho. Alguns mercadores e homens muito ricos do reino passaram por ali e simplesmente deram a volta pela pedra. Alguns até esbravejaram contra o rei dizendo que ele não mantinha as estradas limpas, mas nenhum deles tentou sequer mover a pedra dali. De repente, passa um camponês com uma boa carga de vegetais. Ao aproximar-se da imensa rocha, ele pôs de lado a sua carga e tentou remover a rocha dali. Após muita força e suor, ele conseguiu finalmente mover a pedra para o lado da estrada. Então, voltou a pegar na sua carga de vegetais, mas notou que havia uma bolsa no local onde estava a pedra. A bolsa continha muitas moedas de ouro e uma nota escrita pelo rei que dizia que o ouro era para a pessoa que tivesse removido a pedra do caminho. O camponês aprendeu o que muitos de nós nunca entendemos.
Todo o obstáculo contém uma oportunidade para melhorarmos a nossa condição.
Quinta lição importante:
Há muitos anos atrás, quando eu trabalhava como voluntário num hospital, eu vim a conhecer uma menina chamada Teresa que sofria de uma terrível e rara doença. A única oportunidade de recuperação para ela parecia ser através de uma transfusão de sangue do irmão mais velho que tinha apenas 5 anos que, milagrosamente tinha sobrevivido à mesma doença e parecia ter, então, desenvolvido anticorpos necessários para combatê-la. O médico explicou toda a situação ao menino e perguntou, se ele aceitava doar o sangue dele para a irmã. Eu vi ele hesitar um pouco, mas depois de uma profunda respiração, ele disse:
- Está bem, eu aceito já que é para salvá-la.
À medida que a transfusão foi progredindo, ele estava deitado na cama ao lado da cama da irmã e sorria, assim como nós também, ao ver as bochechas dela voltarem a ter cor. De repente, o sorriso dele desapareceu e ele empalideceu. Ele olhou para o médico e perguntou com a voz trémula:
- Eu vou começar a morrer logo, logo?
Por ser tão pequeno e novo, o menino tinha interpretado mal as palavras do médico: ele pensou que teria que dar todo o sangue dele para salvar a irmã.
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