domingo, 7 de dezembro de 2014

Alguns símbolos do Natal...

Anjo Gabriel - No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado da parte de Deus para uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, a uma virgem, prometida em casamento a um homem, chamado José, da casa de David. O nome da virgem era Maria. Entrando onde ela estava, o anjo disse-lhe: "Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo.” É o anjo da Boa-Nova, da esperança, da anunciação. Gabriel significa em hebraico Força de Deus e é considerado por muitos o principal dos anjos, por isso também ser denominado arcanjo.Segundo a tradição, os arcanjos são os mensageiros (em grego "angélos") de Deus das Boas Novas, que nos ajudam a dar bom rumo e direcção à nossa vida, dão-nos compreensão e sabedoria. É a ele que recorrem os que necessitam desses dons.

Estrela de Belém - É usada uma estrela na ponta da Árvore de Natal. Tem quatro pontas, representando o norte, o sul, o leste e o oeste. A misteriosa Estrela de Belém é citada na Sagrada Escritura em Mateus, capítulo 2, versículos 2, 9 e 10. É sempre usada como símbolo de alegria, de guia, para despertar e atrair. A estrela é luz permanente. Também é encontrada com seis pontas, que é sinal de paz. Após o nascimento de Jesus em Belém, ainda governava a Judeia o Rei Herodes, chegaram do Oriente a Jerusalém uns magos guiados por uma estrela ou um objecto controverso que, segundo a descrição do Evangelho segundo Mateus, anunciou o nascimento de Jesus e levou os Três Reis Magos até ao local onde este se encontrava. A estrela aponta o caminho para a plenitude e Jesus Cristo é a Estrela Guia da humanidade. Ele é o caminho, o Sentido, a Verdade e a Vida.

Presépio - Um dos símbolos mais comuns no Natal dos países católicos é a reprodução do cenário onde Jesus Cristo nasceu: uma manjedoura, animais, pastores, os três reis magos, Maria, José e o Menino Jesus. O costume de montar presépios surgiu com São Francisco de Assis, que pediu a um homem chamado Giovanni Villita que criasse o primeiro. São Francisco, então, celebrou uma missa em frente deste presépio, inspirando devoção a todos que o assistiam. O sucesso dessa representação do Presépio foi tanto que rapidamente se estendeu por toda a Itália. Logo se introduziu nas casas nobres europeias e de lá foi descendo até às classes mais pobres. Na Espanha, a tradição chegou pela mão do Rei Carlos III, que a importou de Nápoles no século XVIII. A sua popularidade nos lares espanhóis e latino-americanos estendeu-se ao longo do século XIX, e na França, não o fez até inícios do século XX. Em todas as religiões cristãs é consensual que o Presépio é o único símbolo do Natal de Jesus verdadeiramente inspirado nos Evangelhos.

Os Reis Magos - Os Três Reis Magos ou simplesmente Magos, são personagens da narrativa cristã que visitaram Jesus após o seu nascimento. A Escritura diz uns magos, que não seriam, portanto, Reis nem necessariamente três e, sim, talvez, sacerdotes da religião zoroástrica da Pérsia ou conselheiros. Como não diz quantos eram, diz-se três pela quantia dos presentes oferecidos. Guiados pela estrela, chegaram ao local onde estava o menino Jesus. Como se pretendia dizer que representavam os reis de todo o mundo, representando as três raças humanas existentes, em idades diferentes. Assim, Belchior entregou-Lhe ouro em reconhecimento da realeza; Gaspar, incenso em reconhecimento da divindade; e Baltazar, mirra em reconhecimento da humanidade.
"Belchior era velho de setenta anos, de cabelos e barbas brancas, tendo partido de Ur, terra dos Caldeus. Gaspar era moço, de vinte anos, robusto e partira de uma distante região montanhosa, perto do Mar Cáspio. E Baltazar era mouro, de barba cerrada e com quarenta anos, partira do Golfo Pérsico, na Arábia Feliz".
Devemos aos Magos a tradição de trocar presentes no Natal.

Presentes - A ideia de trocar presentes no Natal está relacionada, entre outros motivos, aos magos que trouxeram presentes para o menino Jesus (Mt 2,11). O maior presente é Deus quem nos oferece em Cristo: uma vida abundante e repleta de alegria. A troca de presentes entre as pessoas é uma forma de lembrar que a oferta generosa de Deus em Cristo é para todos. O simbolismo do presente não é que, egoisticamente, acumulemos mil e um presentes ou presenteemos com segundas intenções. O simbolismo do presente é a partilha que permite que pessoas excluídas tenham acesso à vida boa e abundante. Presentear o necessitado é iluminar a nossa vida e a de quem recebe o presente!

Velas - A vela simboliza a luz que veio ao mundo com o nascimento de Cristo, como lemos no profeta Isaías 9.1: "O povo que andava na escuridão, viu uma forte luz; a luz brilhou sobre os que viviam nas trevas". Consumindo-se completamente para gerar luz, a vela simboliza a doação em favor da vida. Mesmo com toda a iluminação artificial, a vela conserva o seu valor. Jesus Cristo é a luz que ilumina nosso caminho: "Eu sou a luz do mundo, quem me segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida" (Jo 8,12). E "vós sois a luz do mundo ... não se acende uma candeia para se pôr debaixo de uma vasilha, mas num candelabro para que ilumine todos os da casa. É assim que deve brilha vossa luz" (MT 5,14-16).

Coroa de Advento - Um dos muitos símbolos do Natal é a coroa do Advento que, por meio do seu formato circular e das suas cores, silenciosamente expressa a esperança e convida à alegre vigilância. Na confecção da coroa eram usados ramos de pinheiro e cipreste, únicas árvores cujos ramos não perdem as suas folhas no Outono e estão sempre verdes, mesmo no inverno. Os ramos verdes são sinais da vida que teimosamente resiste; são sinais da esperança. Em algumas comunidades, os fiéis envolvem a coroa com uma fita vermelha que lembra o amor de Deus que nos envolve e nos foi manifestado pelo nascimento de Jesus. O círculo não tem princípio, nem fim. É sinal do amor de Deus que é eterno, sem princípio e nem fim, e também do nosso amor a Deus e ao próximo que nunca deve terminar. 
1º Domingo do Advento - Acende-se a primeira vela
A primeira vela convida-nos a refletir e aprofundar a chegada do Natal,  onde Cristo, Salvador e Luz do mundo brilhará para a  humanidade. Também não podemos esquecer o perdão concedido a Adão e Eva. A cor roxa recorda-nos a nossa atitude de vigilância e espera do Senhor que virá.
2º Domingo do Advento - Acende-se a segunda vela
A segunda vela acesa convida-nos ao arrependimento dos nossos pecados e à conversão; somos chamados a prepararmos, assim como São João Batista, o caminho do Senhor.  Esta vela lembra ainda a fé dos patriarcas e de São João Batista, que anuncia a salvação para todos os povos.
3º Domingo do Advento - Acende-se a terceira vela 
A terceira vela acesa convida-nos à alegria e ao júbilo pela aproximação da chegada de Jesus. A cor litúrgica de hoje, o rosa, indica justamente o Domingo da Alegria, à proximidade da chegada do Senhor. Esta vela lembra ainda a alegria celebrada pelo rei David e a sua promessa que, agora, se está a cumprir em Maria.
4º Domingo do Advento - Acende-se a quarta vela
A quarta vela marca os passos de preparação para acolher o Salvador, a nossa expectativa da chegada definitiva da Luz ao mundo. É o símbolo da nossa fé em Jesus Cristo, que ilumina todo o homem que vêm a este mundo. 

Azevinho – O Azevinho é um dos símbolos do Natal porque dizem que estendeu os seus braços durante a fuga da Sagrada Família para o Egipto para esconder Maria e o Seu Filho e assim impediu que os soldados de Herodes matassem o Menino Jesus. Então Maria, em agradecimento, abençoou o azevinho que, desde então, permaneceu sempre verde. O azevinho é a planta que traz a esperança e representa o amor, a fertilidade e a família.

   Pinheiro - É a única árvore que não perde as suas folhas durante o ano todo. Permanece sempre viva e verde. Existem várias teorias para explicar porquê o pinheiro se tornou a árvore símbolo do natal, na maioria dos países onde este se comemora. Conta a história, que quando Jesus nasceu, perto do estábulo onde Ele se abrigava, havia três árvores que resolveram também presenteá-lo. A palmeira escolheu a maior e mais bela palma, e fez dela um abano para o menino. A oliveira ofereceu o suave e perfumado óleo, para amaciar os pés do menino. E finalmente, o pinheiro, já tristemente conformado com a ideia de que não tinha nada a oferecer, pois as suas folhas eram como agulhas, e poderiam machucar o menino, percebe que muitas estrelas tinham pousado nos seus galhos, iluminando-o de tal forma, que o olhar de Jesus não podia resistir à beleza desta arvore, e por isso é que o pinheiro é enfeitado com muitas luzes.


Enfeites da árvore - Significam os nossos gestos concretos de amor aos nossos irmãos, mais uma forma de presentear as pessoas de quem gostamos. Esses gestos enfeitam a vida com cores de alegria, assim como as bolas, os laços e todos os outros objectos que enfeitam a árvore. Assim como vale a pena construir uma árvore e ao acabar olhar para ela com ar de satisfação e muita alegria partilhada com a família, também vale a pena construir uma vida envolvida em coisas boas e contemplá-la com júbilo maior.

    Sinos - Os sinos sempre representaram o instrumento que anunciava as grandes festas populares, e no Natal eles atingem a sua importância máxima. O sino anuncia que algo vai acontecer, no Natal esse acontecimento é o nascimento de Jesus.

   A Ceia - A ceia representava o Cordeiro pascal, a presença do Cordeiro que tira o pecado do mundo. Ela une as pessoas e festeja a vinda de Cristo. O simbolismo que o alimento tem na mesa no dia de Natal vem das sociedades antigas que passavam muita fome e encontravam em algum tipo de carne - o mais importante prato - uma forma de referenciar a Deus e a Jesus (ligada às palavras de Jesus: " Este é meu corpo"). Geralmente era servido porco, ganso - mais tarde substituído por peru, e peixe. Uma série de bolos e massas são preparados somente para o Natal e são conhecidos por todo mundo. Actualmente a ceia é a oportunidade de ter toda a família reunida, em volta da mesma mesa para partilhar a alegria e a mensagem: "Amai-vos uns aos outros".

     Bolo-rei - Este bolo está carregado  de simbologia, muito sinteticamente pode dizer-se que este doce representa os presentes oferecidos pelos Reis Magos ao Menino Jesus. A côdea (a parte exterior) simboliza o ouro; já as frutas secas e as cristalizadas representam a mirra; por fim, o incenso está representado no aroma do bolo. A explicação para a existência da fava no interior no bolo rei está ligada a uma lenda, segunda a qual quando os Reis Magos viram a Estrela de Belém que anunciava o nascimento de Cristo, disputaram entre si o direito de entregar ao Menino os presentes que levavam. Como estes não conseguiam chegar a um acordo, um padeiro, para pôr termo à discussão, propôs fazer um bolo com uma fava no interior da massa, em seguida, cada um dos três magos do  Oriente pegaria numa fatia, o que tivesse a sorte de retirar a fatia que possuísse a fava, ganharia o direito de entregar os presentes a Jesus. Não se sabe qual foi contemplado com a fatia premiada, pode ter sido qualquer um dos três, Baltasar, Belchior ou Gaspar.

    Missa do Galo - Celebra-se à meia-noite, na passagem do dia 24 para o dia 25 de Dezembro e apareceu no século V, pelas mãos dos católicos romanos. Como se pensa que Jesus terá nascido à meia-noite, a missa deve ser celebrada à meia-noite em ponto. Conta-se também que o galo foi o primeiro animal a presenciar o nascimento de Jesus, por isso ficou com a missão de anunciar ao mundo o nascimento de Cristo, através do seu canto. Por isso chamar-se Missa do Galo e ser uma das referências na festa de Natal dos cristãos.

Pai Natal - Foi inspirado no bispo Nicolau, que viveu e pontificou na cidade de Myra, Turquia, no século IV. Nicolau costumava ajudar, anonimamente, quem estivesse em dificuldades financeiras. Colocava o saco com moedas de ouro a ser ofertado na chaminé das casas. Foi declarado santo depois que muitos milagres lhe foram atribuídos. A sua transformação em símbolo natalino aconteceu na Alemanha e daí correu o mundo.




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