sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Os Dez Mandamentos

Leituras e Evangelho 01/03/2015

LEITURA I Gen 22, 1-2.9a.10-13.15-18
O sacrifício do nosso Patriarca Abraão
Depois da história de Noé, no domingo passado, lemos hoje a história de Abraão e do sacrifício de seu filho Isaac, sobre o monte Moriá. Mas Deus nunca quis sacrifícios humanos. Abraão demonstrou a sua vontade de completa obediência a Deus e recuperou o seu filho, vivo, que assim se tornou uma figura de Cristo na sua ressurreição.

Leitura do Livro do Génesis
Naqueles dias, Deus quis pôr à prova Abraão e chamou-o: «Abraão!». Ele respondeu: «Aqui estou». Deus disse: «Toma o teu filho, o teu único filho, a quem tanto amas, Isaac, e vai à terra de Moriá, onde o oferecerás em holocausto, num dos montes que Eu te indicar. Quando chegaram ao local designado por Deus, Abraão levantou um altar e colocou a lenha sobre ele. Depois, estendendo a mão, puxou do cutelo para degolar o filho. Mas o Anjo do Senhor gritou-lhe do alto do Céu: «Abraão, Abraão!». «Aqui estou, Senhor», respondeu ele. O Anjo prosseguiu: «Não levantes a mão contra o menino, não lhe faças mal algum. Agora sei que na verdade temes a Deus, uma vez que não Me recusaste o teu filho, o teu filho único». Abraão ergueu os olhos e viu atrás de si um carneiro, preso pelos chifres num silvado. Foi buscá-lo e ofereceu-o em holocausto, em vez do filho. O Anjo do Senhor chamou Abraão do Céu pela segunda vez e disse-lhe: «Por Mim próprio te juro – oráculo do Senhor – já que assim procedeste e não Me recusaste o teu filho, o teu filho único, abençoar-te-ei e multiplicarei a tua descendência como as estrelas do céu e como a areia das praias do mar, e a tua descendência conquistará as portas das cidades inimigas. Porque obedeceste à minha voz, na tua descendência serão abençoadas todas as nações da terra».
Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 115 (116), 10 e 15. 16-17.18-19 (R. Salmo 114 (115), 9)
Refrão: Andarei na presença do Senhor sobre a terra dos vivos. Repete-se
Ou: Caminharei na terra dos vivos na presença do Senhor. Repete-se

Confiei no Senhor, mesmo quando disse: «Sou um homem de todo infeliz».
É preciosa aos olhos do Senhor a morte dos seus fiéis. Refrão

Senhor, sou vosso servo, filho da vossa serva: quebrastes as minhas cadeias.
Oferecer-Vos-ei um sacrifício de louvor, invocando, Senhor, o vosso nome. Refrão

Cumprirei as minhas promessas ao Senhor na presença de todo o povo,
nos átrios da casa do Senhor, dentro dos teus muros, Jerusalém. Refrão

LEITURA II Rom 8, 31b-34
«Deus não poupou o seu próprio Filho»
Esta leitura mostra como Jesus realiza até ao fim a figura de Isaac, anunciada na leitura anterior, e como o amor de Abraão é imagem do amor infinito de Deus pelos homens. Deus, que não quis que Abraão Lhe oferecesse o filho em sacrifício, permitiu que o seu muito amado filho Jesus fosse sacrificado, em expiação dos nossos pecados. De facto, toda a história da salvação atinge o seu ponto mais alto em Nosso Senhor Jesus Cristo.

Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Romanos
Irmãos: Se Deus está por nós, quem estará contra nós? Deus, que não poupou o seu próprio Filho, mas O entregou à morte por todos nós, como não havia de nos dar, com Ele, todas as coisas? Quem acusará os eleitos de Deus, se Deus os justifica? E quem os condenará, se Cristo morreu e, mais ainda, ressuscitou, está à direita de Deus e intercede por nós?
Palavra do Senhor.

ACLAMAÇÃO ANTES DO EVANGELHO
Refrão: Louvor a Vós, Jesus Cristo, Rei da eterna glória. Repete-se
No meio da nuvem luminosa, ouviu-se a voz do Pai: «Este é o meu Filho muito amado: escutai-O». Refrão

EVANGELHO Mc 9, 2-10
«Este é o meu Filho muito amado»
A Transfiguração, lida neste Domingo, depois de, no Domingo anterior, ter sido escutada a tentação, faz com ela, como que num grande painel de duas alas, uma espécie de grande abertura da Quaresma: mortificação e glorificação, tentação e glória, morte e ressurreição; são elas, de facto, a síntese do Mistério Pascal que vamos celebrar na Páscoa. Jesus vive em Si o mistério que a sua Igreja agora celebra, e que ela viverá até à sua própria Transfiguração.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
Naquele tempo, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João e subiu só com eles para um lugar retirado num alto monte e transfigurou-Se diante deles. As suas vestes tornaram-se resplandecentes, de tal brancura que nenhum lavadeiro sobre a terra as poderia assim branquear. Apareceram-lhes Moisés e Elias, conversando com Jesus. Pedro tomou a palavra e disse a Jesus: «Mestre, como é bom estarmos aqui! Façamos três tendas: uma para Ti, outra para Moisés, outra para Elias». Não sabia o que dizia, pois estavam atemorizados. Veio então uma nuvem que os cobriu com a sua sombra e da nuvem fez-se ouvir uma voz: «Este é o meu Filho muito amado: escutai-O». De repente, olhando em redor, não viram mais ninguém, a não ser Jesus, sozinho com eles. Ao descerem do monte, Jesus ordenou-lhes que não contassem a ninguém o que tinham visto, enquanto o Filho do homem não ressuscitasse dos mortos. Eles guardaram a recomendação, mas perguntavam entre si o que seria ressuscitar dos mortos.
Palavra da salvação.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Amar como Jesus amou

Leituras e Evangelho 22/02/2015

LEITURA I Gen 9, 8-15
A aliança de Deus com Noé, salvo das águas do dilúvio
A primeira leitura dos domingos da Quaresma não está em ligação com a do Evangelho, como nos domingos do Tempo Comum. Refere-se à história da salvação, mostrando como Deus encaminhou os passos da humanidade, desde os tempos mais antigos até à realização da promessa da nova Aliança em Jesus Cristo. Este ano, começamos com Noé. O dilúvio termina com uma aliança, que anuncia desde logo a aliança estabelecida entre Deus e os homens na Morte e Ressurreição de Cristo. Por outro lado, no próprio dilúvio Deus quis significar a regeneração espiritual do baptismo, pois nele, como no dilúvio, a água se tornou, simbolicamente, “fim de vícios e origem de virtudes” (liturgia baptismal).

Leitura do Livro do Génesis
Deus disse a Noé e a seus filhos: «Estabelecerei a minha aliança convosco, com a vossa descendência e com todos os seres vivos que vos acompanham: as aves, os animais domésticos, os animais selvagens que estão convosco, todos quantos saíram da arca e agora vivem na terra. Estabelecerei convosco a minha aliança: de hoje em diante nenhuma criatura será exterminada pelas águas do dilúvio e nunca mais um dilúvio devastará a terra». Deus disse ainda: «Este é o sinal da aliança que estabeleço convosco e com todos os animais que vivem entre vós, por todas as gerações futuras: farei aparecer o meu arco sobre as nuvens, que será um sinal da aliança entre Mim e a terra. Sempre que Eu cobrir a terra de nuvens e aparecer nas nuvens o arco, recordarei a minha aliança convosco e com todos os seres vivos e nunca mais as águas formarão um dilúvio para destruir todas as criaturas».
Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 24 (25), 4bc-5ab. 6-7bc. 8-9 (R. cf. 10)
Refrão: Todos os vossos caminhos, Senhor, são amor e verdade para os que são fiéis à vossa aliança. Repete-se
Mostrai-me, Senhor, os vossos caminhos, ensinai-me as vossas veredas.
Guiai-me na vossa verdade e ensinai-me, porque Vós sois Deus, meu Salvador. Refrão

Lembrai-Vos, Senhor, das vossas misericórdias e das vossas graças que são eternas.
Lembrai-Vos de mim segundo a vossa clemência, por causa da vossa bondade, Senhor. Refrão

O Senhor é bom e recto, ensina o caminho aos pecadores.
Orienta os humildes na justiça e dá-lhes a conhecer a sua aliança. Refrão

LEITURA II 1 Pedro 3, 18-22
«O Baptismo que agora vos salva»
S. Pedro faz nesta leitura o comentário ao dilúvio, estabelecendo a comparação entre este e o baptismo. O baptismo é hoje o verdadeiro dilúvio, que destrói o pecado e faz nascer uma nova humanidade em Cristo. Assim, a história da salvação chega a todas as gerações e todas elas são arrastadas na sua corrente de graça.

Leitura da Primeira Epístola de São Pedro
Caríssimos: Cristo morreu uma só vez pelos pecados – o Justo pelos injustos – para vos conduzir a Deus. Morreu segundo a carne, mas voltou à vida pelo Espírito. Foi por este Espírito que Ele foi pregar aos espíritos que estavam na prisão da morte e tinham sido outrora rebeldes, quando, nos dias de Noé, Deus esperava com paciência, enquanto se construía a arca, na qual poucas pessoas, oito apenas, se salvaram através da água. Esta água é figura do Baptismo que agora vos salva, que não é uma purificação da imundície corporal, mas o compromisso para com Deus de uma boa consciência; ele vos salva pela ressurreição de Jesus Cristo, que subiu ao Céu e está à direita de Deus, tendo sob o seu domínio os Anjos, as Dominações e as Potestades.
Palavra do Senhor.

ACLAMAÇÃO ANTES DO EVANGELHO Mt 4, 4b
Refrão: Glória a Vós, Jesus Cristo, Senhor. Repete-se
Nem só de pão vive o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus. Refrão

EVANGELHO Mc 1, 12-15
«Era tentado por Satanás e os Anjos serviam-n’O»
“O Senhor Jesus Cristo era tentado pelo demónio no deserto. Mas em Cristo também tu eras tentado, porque Ele tomou sobre Si a tua condição humana, para te dar a salvação; para Si tomou as tuas tentações, para te dar a sua vitória” (S. Agostinho). A vitória de Jesus sobre Satanás proclamada neste primeiro Domingo da Quaresma anuncia desde já o triunfo pascal da sua Morte e Ressurreição, e oferece-nos, ao mesmo tempo, a participação nessa sua vitória sobre o pecado e a morte.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
Naquele tempo, o Espírito Santo impeliu Jesus para o deserto. Jesus esteve no deserto quarenta dias e era tentado por Satanás. Vivia com os animais selvagens e os Anjos serviam-n’O. Depois de João ter sido preso, Jesus partiu para a Galileia e começou a pregar o Evangelho, dizendo: «Cumpriu-se o tempo e está próximo o reino de Deus. Arrependei-vos e acreditai no Evangelho».
Palavra da salvação.

A Tentação no Deserto - (Jesus, o Filho de Deus)

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

O Papa Francisco presidiu à celebração de Cinzas em Roma

O Papa Francisco disse em Roma que o tempo da Quaresma, de preparação para a Páscoa, deve levar os católicos a um “combate espiritual” contra o pecado, em busca de um coração “purificado” pelas lágrimas.

“Os hipócritas não sabem chorar, esqueceram-se de como se chora, não pedem o dom das lágrimas”, salientou, durante a homilia da Missa de Cinzas, a que presidiu na Basílica de Santa Sabina.
O Papa Francisco disse aos participantes na celebração que é preciso pedir o “dom das lágrimas” para fazer do percurso quaresmal um “caminho da conversão cada vez mais autêntico e sem hipocrisia”.
“O pranto entra nas nossas orações?”, perguntou aos presentes.

O Papa recordou as atitudes tradicionalmente ligadas a este tempo - jejum, oração e esmola -, sublinhando que o bem se deve fazer “sem qualquer ostentação”.
“Quando se faz alguma coisa boa, quase instintivamente nascem em nós o desejo de sermos estimados e admirados por essa boa ação, retirando dela uma satisfação”, constatou.

O Papa Francisco referiu que o tempo litúrgico da Quaresma serve para que cada cristão se procure “unir mais estreitamente” a Jesus, numa atitude de “penitência e conversão”.
“O convite à conversão é um impulso para voltar, como fez o filho da parábola, aos braços de Deus, pai terno e misericordioso, a chorar nesse abraço, a confiar nele e confiar-se a Ele”, declarou.

A Quaresma, que se inicia hoje com a celebração de Cinzas, é um período de 40 dias, excetuando os domingos, marcado por apelos ao jejum, partilha e penitência, que serve de preparação para a Páscoa, a principal festa do calendário cristão.
O Papa Francisco observou que este tempo litúrgico desafia os católicos a “empreender um caminho de conversão que não seja superficial e transitória, mas antes um itinerário espiritual que diz respeito ao lugar mais íntimo” da pessoa, o coração.
“Por favor, paremos. Paremos um pouco e deixemo-nos reconciliar com Deus”, disse, numa passagem improvisada da homilia.

O Papa referiu-se depois ao rito da imposição das cinzas, repetido em todas as igrejas católicas do mundo, como “uma chamada de atenção para a verdade da existência humana”.
“Somos criaturas limitadas, pecadores que precisam sempre de penitência e de conversão. Como é importante escutar e acolher essa chamada de atenção no nosso tempo”, afirmou.

Depois da homilia, o cardeal Jozef Tomko impôs as cinzas sobre a cabeça do Papa, que repetiu depois o gesto a vários dos participantes na Missa.
A cerimónia das Cinzas começou na igreja beneditina de Santo Anselmo, a 4 quilómetros do Vaticano, com um momento de oração e a sucessiva procissão de poucas centenas de metros até à basílica, com a presença de cardeais, arcebispos, monges beneditinos e padres dominicanos de Santa Sabina.

Fonte: (Roma, 18 fev 2015 (Ecclesia) -)

domingo, 15 de fevereiro de 2015

Papa Francisco é um «arejo» que «faz muito bem», afirma D. Manuel Clemente

O patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, afirmou em entrevista à Agência ECCLESIA que o pontificado de Francisco tem sido “muito refrescante” e confirma que o centro do catolicismo já não passa pela Europa.
“Na Europa, não só porque a população está muito mais envelhecida do que noutros continentes, mas porque somos herdeiros de muitas coisas que funcionaram bem e outras nem tanto, não estávamos habituados a esse arejo. Mas acho que nos faz muito bem!”, disse D. Manuel Clemente.

Para o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, o Papa argentino tem provocado sucessivas “perplexidades” pela sua forma de ser “com o que tem de imediatismo, de simplicidade e até espontaneidade”.
D. Manuel Clemente considera que com a eleição do cardeal de Buenos Aires para 264º sucessor de Pedro “colocou-se a periferia no centro”.
“Quando o Papa foi eleito, apareceu na Varanda da Basílica de S. Pedro e disse que os cardeais o foram buscar ao fim do mundo, temos de considerar o fim do mundo em relação à Europa, mas o princípio para quem lá está”, recordou.
“O que é hoje periférico em relação ao catolicismo, a Europa ou a América Latina?”, questionou.

O patriarca de Lisboa defendeu que “na América Latina está uma grandíssima percentagem do catolicismo mundial”, o que se deve refletir no governo da Igreja, na Cúria Romana.
“Hoje a Igreja, nas suas determinações centrais e na reflexão que vai fazendo pelos seus membros mais responsabilizados, já não é uma Igreja Europeia, mas latino-americana e de outros continentes”, frisou.
“Temos visto sucederem-se à frente de dicastérios romanos cardeais africanos, asiáticos e isso é um processo agora verdadeiramente em curso e muito certo. Porque assim é que deve ser, tratando-se de um serviço à Igreja Universal”, sublinhou.

O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa referiu também que o estilo do Papa Francisco é uma interpelação constante para “padres, leigos, religiosas e religiosos”.
“Nós não somos nada insensíveis! Pelo contrário, somos constantemente interpelados pela sua maneira de ser cristão e pastor. E isso encontro nas conversas, na apresentação, na simplificação de muita coisa”, disse D. Manuel Clemente, falando pelas dioceses onde esteve, no Porto e em Lisboa.
“Quem anda cá nota isso! Não posso aquilatar de fora, porque estou dentro! Somos muito sensíveis e motivados pela maneira tão evangélica do Papa Francisco exercer o seu ministério”, defendeu.

D. Manuel Clemente vai ser criado cardeal no segundo Consistório do Papa, este sábado e domingo, e, em entrevista publicada na edição especial do semanário digital Ecclesia, analisou o atual pontificado e as reformas em curso.


sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Espírito Santo de Amor:

Pedimos a tua ajuda e inspiração para ler e estudar a Palavra de Deus e aprofundá-la na nossa vida. Ajuda-nos a fazer que a Palavra de Deus seja viva e eficaz nas nossas comunidades que Ela seja lâmpada para os nossos pés e luz na nossa caminhada. E que esta Palavra passe por nós deixando os seus frutos e sinais.
Espírito da Vida Nova, derrama sobre nós os teus dons;
Sabedoria para entender e discernir a Palavra;
Inteligência para descobrir o sentido de cada texto;
Conselho para orientar e elevar esperança às pessoas;
Fortaleza para animar os fracos e desanimados;
Conhecimento para entender a realidade de hoje;
Temor de Deus para colocar a história nas suas mãos;
Piedade para andarmos sempre nos seus caminhos;
Tu, que és Espírito de Vida, ensinas-nos a ler a Bíblia e ver a realidade.
Descobrir a presença do Deus Vivo que caminha com o seu povo. E continuar a história do povo que caminhou com o seu Deus. Queremos viver a unidade, procurando o que nos une e não o que nos divide, para que todos sejam um como nos pediu Jesus.
Espírito Santo de Deus, Criador das coisas novas, ajuda-nos a trabalhar na construção de um mundo novo baseado na Justiça, na Solidariedade e na Partilha, assumindo o compromisso com os pobres e excluídos, para realizar o projeto do Pai e fazer acontecer o Reino de Deus: os anunciados por Jesus Cristo.


Milagre de Jesus - Cura do Leproso

Leituras e Evangelho 15/02/2015

LEITURA I Lev 13, 1-2.44-46
«O leproso deverá morar à parte, fora do acampamento»
Esta leitura prepara-nos para melhor compreendermos a do Evangelho. Ali Jesus vai curar um doente de lepra. Nesta leitura, são recordadas as prescrições da Lei do Antigo Testamento a respeito dos leprosos. A situação destes doentes era verdadeiramente infeliz. Tanto mais se poderá ver na cura que o Senhor fez um sinal do seu poder e da sua misericórdia.

Leitura do Livro do Levítico
O Senhor falou a Moisés e a Aarão, dizendo: «Quando um homem tiver na sua pele algum tumor, impigem ou mancha esbranquiçada, que possa transformar-se em chaga de lepra, devem levá-lo ao sacerdote Aarão ou a algum dos sacerdotes, seus filhos. O leproso com a doença declarada usará vestuário andrajoso e o cabelo em desalinho, cobrirá o rosto até ao bigode e gritará: ‘Impuro, impuro!’. Todo o tempo que lhe durar a lepra, deve considerar-se impuro e, sendo impuro, deverá morar à parte, fora do acampamento».
Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 31 (32), 1-2.5.7.11 (R. 7)
Refrão: Sois o meu refúgio, Senhor; dai-me a alegria da vossa salvação. Repete-se

Feliz daquele a quem foi perdoada a culpa e absolvido o pecado.
Feliz o homem a quem o Senhor não acusa de iniquidade e em cujo espírito não há engano. Refrão

Confessei-vos o meu pecado e não escondi a minha culpa.
Disse: Vou confessar ao Senhor a minha falta e logo me perdoastes a culpa do pecado. Refrão
Vós sois o meu refúgio, defendei-me dos perigos, fazei que à minha volta só haja hinos de vitória.
Alegrai-vos, justos, e regozijai-vos no Senhor, exultai, vós todos os que sois rectos de coração. Refrão

LEITURA II 1 Cor 10, 31 – 11, 1
«Sede meus imitadores, como eu o sou de Cristo»
Paulo propõe-se a si mesmo como modelo aos cristãos, porque ele tem por modelo o próprio Cristo. O que ele pretende é que ninguém seja ocasião de pecado para os outros, mas antes de edificação e de salvação.

Leitura da Primeira Epístola do apóstolo S. Paulo aos Coríntios
Irmãos: Quer comais, quer bebais, ou façais qualquer outra coisa, fazei tudo para glória de Deus. Portai-vos de modo que não deis escândalo nem aos judeus, nem aos gregos, nem à Igreja de Deus. Fazei como eu, que em tudo procuro agradar a toda a gente, não buscando o próprio interesse, mas o de todos, para que possam salvar-se. Sede meus imitadores, como eu o sou de Cristo. Palavra do Senhor.

ALELUIA Lc 7, 16
Refrão: Aleluia. Repete-se
Apareceu entre nós um grande profeta: Deus visitou o seu povo. Refrão

EVANGELHO Mc 1, 40-45
«A lepra deixou-o e ele ficou limpo»
Uma vez mais, Jesus Se mostra Senhor da vida. Por outro lado, mostra-Se livre em relação à Lei e superior a ela: toca no doente, o que era contrário à Lei, mas manda que o homem curado se vá mostrar aos sacerdotes, o que era exigência da Lei. Jesus é realmente a fonte da vida nova; Ele é hoje o Ressuscitado.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
Naquele tempo, veio ter com Jesus um leproso. Prostrou-se de joelhos e suplicou-Lhe: «Se quiseres, podes curar-me». Jesus, compadecido, estendeu a mão, tocou-lhe e disse: «Quero: fica limpo». No mesmo instante o deixou a lepra e ele ficou limpo. Advertindo-o severamente, despediu-o com esta ordem: «Não digas nada a ninguém, mas vai mostrar-te ao sacerdote e oferece pela tua cura o que Moisés ordenou, para lhes servir de testemunho». Ele, porém, logo que partiu, começou a apregoar e a divulgar o que acontecera, e assim, Jesus já não podia entrar abertamente em nenhuma cidade. Ficava fora, em lugares desertos, e vinham ter com Ele de toda a parte.
Palavra da salvação.

13 de Fevereiro: Peregrinação Mensal recorda 10.º aniversário do falecimento da Irmã Lúcia

Cumprem-se hoje os dez anos do falecimento da Irmã Lúcia de Jesus, vidente de Nossa Senhora em Fátima. A vida e o testemunho da religiosa carmelita foram assinalados de forma especial pelo reitor do Santuário de Fátima, durante a celebração da Eucaristia da peregrinação mensal, na Basílica da Santíssima Trindade, às 11:00.

“A promessa que Lúcia recebeu de Nossa Senhora - Eu nunca te deixarei, o meu Imaculado Coração será o teu refúgio e o caminho que te conduzirá até Deus - foi o que a guiou na sua vida e constitui o seu grande testemunho”, afirmou o padre Carlos Cabecinhas.
Esta experiência de sentir-se “olhado por Nossa Senhora, acariciado e consolado por ela”, é, nas palavras do reitor, “a certeza de que Deus não fica indiferente diante do nosso sofrimento”.
“Invocar Deus como consolador é afirmar que Deus não é indiferente ao nosso sofrimento, que o nosso sofrimento não é estranho a Deus! Ele vem em nosso auxílio e não nos deixa sós”, reiterou.

A missa celebrada no dia de hoje em Fátima foi a da Mãe da Consolação, na qual Maria foi lembrada como “Mãe, atenta às nossas dificuldades e sofrimentos e que nos traz o alívio e a força para enfrentarmos as adversidades e dificuldades da nossa vida”.
E foi essa experiência que Lúcia de Jesus viveu, “esta confiança na mãe da consolação, nesta mãe que no meio das dificuldades sempre a foi amparando”.

Ao sublinhar que Jesus Cristo é “a mais plena manifestação da consolação de Deus”, ele que “assumiu a nossa natureza humana, experimentou o sofrimento, conheceu as dificuldades que nascem da nossa fragilidade de criaturas limitadas”, o reitor recordou que Maria, “quando esteve junto de Cristo que sofria na cruz, mereceu de modo eminente a bem-aventurança que o Evangelho promete aos que sofrem”. Por isso, pode “consolar os seus filhos em todas as tribulações da vida”.

Para o padre Carlos Cabecinhas, esta ligação e devoção a Nossa Senhora justificam a atração do Santuário de Fátima: “Os peregrinos que acorrem aqui a Fátima chegam animados por esta confiança na ajuda de Nossa Senhora. Chegam com as suas preocupações, com o peso da própria cruz, com as canseiras e aflições do dia a dia, para as apresentar a Nossa Senhora e, por meio dela, receberem a consolação de Deus, a força e o auxílio de que sentem necessidade”.



quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Santuário de São Bento da Porta Aberta vai ser basílica menor.

O arcebispo de Braga anunciou que o Santuário de São Bento da Porta Aberta vai receber o título de ‘basílica menor’, falando na Missa a que presidiu no local de culto situado em Rio Caldo, Terras de Bouro.
D. Jorge Ortiga referiu ao jornal diocesano ‘Diário do Minho’ que este santuário é um “centro de espiritualidade”, ao qual acorrem todos os anos milhares de peregrinos devotos a São Bento, um dos motivos que mais pesaram na decisão tomada pela Congregação do Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos.
“O Santuário merece este título não apenas pela sua história, mas também por toda a devoção a São Bento, agora confirmada pela Santa Sé. Este é também um duplo desafio para o futuro”, salienta o arcebispo primaz.
D. Jorge Ortiga manifestou “grande alegria” pela concessão do título e sublinhou que embora a elevação se prenda muito com o passado do santuário, constitui também um compromisso para o futuro.

Há “basílicas maiores” e “basílicas menores”, de que são exemplo, em Portugal, a dos Mártires, em Lisboa; a Real, de Castro Verde; as de Nossa Senhora do Rosário e da Santíssima Trindade de Fátima; e a mais recente, a do Santo Cristo do Outeiro, na Diocese de Bragança-Miranda.

Fonte: (Braga, 11 fev 2015 (Ecclesia) 


quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

A tigela de madeira

História para reflectir...


Um senhor de idade foi morar com o seu filho, nora e o netinho de quatro anos de idade. As mãos do senhor eram trémulas, a sua visão "embaçada" e os seus passos vacilantes. A família comia reunida à mesa. Mas, as mãos trémulas e a visão "embaçada" do avô atrapalhavam-no na hora de comer. As ervilhas rolavam da sua colher e caíam no chão. Quando pegava no copo, o leite era derramado na toalha da mesa. O filho e a nora irritavam-se com tudo isso.
- Precisamos de tomar uma providência com respeito ao pai. - disse o filho. - Já tivemos suficiente leite derramado, barulho de gente a comer com a boca aberta e comida pelo chão.
Então, eles decidiram colocar uma pequena mesa num cantinho da cozinha. Ali, o senhor comia sozinho enquanto a restante família fazia as refeições à mesa, com satisfação. Desde que o senhor quebrou um ou dois pratos, a sua comida agora era servida numa tigela de madeira. Quando o neto olhava para o avô sentado ali sozinho, conseguia ver as lágrimas nos seus olhos. Mesmo assim, as únicas palavras que lhe diziam eram advertências ásperas quando ele deixava um talher ou comida cair ao chão.
O menino de quatro anos de idade assistia a tudo em silêncio. Uma noite, antes do jantar, o pai percebeu que o filho de quatro anos estava no chão, manuseando pedaços de madeira. Ele perguntou delicadamente à criança:
- O que estás a fazer?
O menino respondeu docemente:
- Estou a fazer uma tigela para si e para a mamã comerem, quando eu crescer.
O garoto de quatro anos de idade sorriu e voltou ao trabalho. Aquelas palavras tiveram um impacto tão grande nos pais que eles ficaram mudos. Então lágrimas começaram a escorrer nos seus olhos. Embora ninguém tivesse dito nada, ambos sabiam o que precisava de ser feito. Naquela noite o pai do menino de quatro anos pegou no seu pai pelas mãos e gentilmente conduziu-o à mesa da família. Dali para frente e até ao final dos seus dias ele comeu todas as refeições com a família. E por alguma razão, o marido e a esposa não se importaram mais quando um garfo caía, o leite era derramado ou a toalha da mesa se sujava.

(desconheço o autor)

Esta história, mostra-nos que as maiores lições de vida por vezes vêm da mão de uma criança…

O amor da Sagrada Família voltou a este lar, o qual ficou mais enriquecido. Não importa o tipo de relacionamento que se tem com os pais, sentiremos sempre falta deles quando partirem. Precisamos de amar e tornar digna a vida dos nossos pais, com tudo o que estiver ao nosso alcance.
Devemos aprender que se pode conhecer bem uma pessoa, pela forma como ela lida com dia chuvoso ou uma bagagem perdida, mas muito mais pelo valor que dá à verdade e ao amor, pelo respeito que mostra pelos mais velhos, pelos doentes, por aqueles que têm necessidades especiais…

Na realidade, "saber ganhar" a vida não é a mesma coisa que "saber viver". O dinheiro não é tudo. A vida às vezes dá-nos uma segunda oportunidade. Há que a reconhecer e aproveitar. Viver não é só receber, é, acima de tudo, também dar. Se procurarmos a felicidade, vamos-nos iludir, mas, se focalizarmos a atenção na família, nos amigos, nas necessidades dos outros, no trabalho e procurar fazer o nosso melhor, a felicidade vai com certeza encontrar-nos.
Sempre que decidimos algo com o coração aberto, geralmente acertarmos. Quando sentimos dores, não precisamos de ser uma dor para os outros. Devemos repartir a alegria e não a tristeza.
Diariamente é preciso alcançar e tocar em alguém. As pessoas gostam de um toque humano, segurar na mão, receber um abraço afectuoso, ou simplesmente um palmadinha amigável nas costas. E, acima de tudo, precisamos de reconhecer e admitir que ainda temos muito que aprender.
Às vezes as pessoas precisam de algo para iluminar o seu dia.
Devemos ser simpáticos, afáveis e amigos… Talvez as pessoas se esqueçam do que lhe
 dissemos, ou do que lhes fizemos, mas nunca esquecerão como as tratamos.
Se hoje somos filhos, amanhã seremos pais e avós. Devemos amar, com carinho e verdadeiramente, os nossos pais e avós, pois a eles devemos o nosso corpo, a nossa vida, o nosso espírito, a nossa existência na eternidade… Sejamos alguém especial!
Estejamos determinados a sermos pessoas alegres e felizes independentemente de qual seja a situação em que nos encontremos. É isto que devemos dizer a nós próprios, insistentemente…
De uma forma positiva
, aprendemos que não importa o que aconteça, ou quanto de mau pode parecer o dia de hoje, a vida continua, e amanhã será melhor.
Hoje muitos idosos são abandonados ou maltratados pelos seus familiares. Pois não há amor entre si, eles ficam abandonados nas ruas, ou alguém os coloca num estabelecimento de caridade, ou até mesmo num hospital com identidade falsa.

Devemos ser carinhosos e ter sempre muita compreensão. Afinal! Todos nós também iremos ficar "velhos" um dia. Por isso não devemos maltratá-los ou abandoná-los.

O idoso deve ser tratado com amor e carinho e ter o respeito dos jovens e adultos.
Só porque são idosos, não quer dizer que são inúteis.

" O idoso é um ser humano que precisa de carinho e compreensão."

"Nós não devemos julgar as pessoas pelo que elas aparentam, mas sim pelo que elas são." 

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

13 - O Homem Endemoniado de Cafarnaum

Jesus demonstra o Seu poder divino ao curar um homem com o demónio.

Leituras e Evangelho 8/02/2015

LEITURA I Job 7, 1-4.6-7
«Agito-me angustiado até ao crepúsculo»
Job é o tipo de todo o homem que sofre e que não sabe encontrar explicação para o sofrimento. No entanto, ele sabe que o Senhor não é estranho a esse sofrimento; por isso, se abandona nas suas mãos, invocando-O e esperando a sua resposta. Se Job tivesse conhecido a Paixão de Cristo seguida da Ressurreição, teria encontrado resposta mais completa para a sua dor!

Leitura do Livro de Job
Job tomou a palavra, dizendo: «Não vive o homem sobre a terra como um soldado? Não são os seus dias como os de um mercenário? Como o escravo que suspira pela sombra e o trabalhador que espera pelo seu salário, assim eu recebi em herança meses de desilusão e couberam-me em sorte noites de amargura. Se me deito, digo: ‘Quando é que me levanto?’. Se me levanto: ‘Quando chegará a noite?’; e agito-me angustiado até ao crepúsculo. Os meus dias passam mais velozes que uma lançadeira de tear e desvanecem-se sem esperança. – Recordai-Vos que a minha vida não passa de um sopro e que os meus olhos nunca mais verão a felicidade».
Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 146 (147), 1-2.3-4.5-6 (R. cf. 3a ou Aleluia)
Refrão: Louvai o Senhor, que salva os corações atribulados. Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se

Louvai o Senhor, porque é bom cantar, é agradável e justo celebrar o seu louvor.
O Senhor edificou Jerusalém, congregou os dispersos de Israel. Refrão

Sarou os corações dilacerados e ligou as suas feridas.
Fixou o número das estrelas e deu a cada uma o seu nome. Refrão

Grande é o nosso Deus e todo-poderoso, é sem limites a sua sabedoria.
O Senhor conforta os humildes e abate os ímpios até ao chão. Refrão

LEITURA II 1 Cor 9, 16-19.22-23
«Ai de mim se não evangelizar!»
O que leva S. Paulo a pregar o Evangelho é exclusivamente a consciência que tem de que o deve pregar para salvação de todos. Até o direito que tem de ser assistido materialmente pelos irmãos ele rejeita, para ficar mais livre na sua pregação. E é na fidelidade à urgência deste serviço na fé e no amor a Cristo que ele experimenta a alegria da liberdade.

Leitura da Primeira Epístola do apóstolo S. Paulo aos Coríntios
Irmãos: Anunciar o Evangelho não é para mim um título de glória, é uma obrigação que me foi imposta. Ai de mim se não anunciar o Evangelho! Se o fizesse por minha iniciativa, teria direito a recompensa. Mas, como não o faço por minha iniciativa, desempenho apenas um cargo que me está confiado. Em que consiste, então, a minha recompensa? Em anunciar gratuitamente o Evangelho, sem fazer valer os direitos que o Evangelho me confere. Livre como sou em relação a todos, de todos me fiz escravo, para ganhar o maior número possível. Com os fracos tornei-me fraco, a fim de ganhar os fracos. Fiz-me tudo para todos, a fim de ganhar alguns a todo o custo. E tudo faço por causa do Evangelho, para me tornar participante dos seus bens.
Palavra do Senhor.

ALELUIA Mt 8, 17
Refrão: Aleluia. Repete-se
Cristo suportou as nossas enfermidades e tomou sobre Si as nossas dores. Refrão

EVANGELHO Mc 1, 29-39
«Curou muitas pessoas, atormentadas por várias doenças»
Ao contrário de Job, sofredor e incapaz de superar o mal, Jesus cura as doenças e expulsa os demónios. Assim Se afirma Senhor da vida e da morte, e anuncia desde já a ressurreição. E quer levar esta Boa Nova a toda a parte; por isso, não se deixa ficar preso pelos interesses, sempre limitativos, dos seus beneficiários, mas alarga a sua acção a todos os lados. Todavia esta actividade tão intensa não O impede de procurar um lugar ermo para aí orar ao Pai.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
Naquele tempo, Jesus saiu da sinagoga e foi, com Tiago e João, a casa de Simão e André. A sogra de Simão estava de cama com febre e logo Lhe falaram dela. Jesus aproximou-Se, tomou-a pela mão e levantou-a. A febre deixou-a e ela começou a servi-los. Ao cair da tarde, já depois do sol-posto, trouxeram-Lhe todos os doentes e possessos e a cidade inteira ficou reunida diante da porta. Jesus curou muitas pessoas, que eram atormentadas por várias doenças, e expulsou muitos demónios. Mas não deixava que os demónios falassem, porque sabiam quem Ele era. De manhã, muito cedo, levantou-Se e saiu. Retirou-Se para um sítio ermo e aí começou a orar. Simão e os companheiros foram à procura d’Ele e, quando O encontraram, disseram-Lhe: «Todos Te procuram». Ele respondeu-lhes: «Vamos a outros lugares, às povoações vizinhas, a fim de pregar aí também, porque foi para isso que Eu vim». E foi por toda a Galileia, pregando nas sinagogas e expulsando os demónios.
Palavra da salvação.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

História e Desafio

Dois discípulos procuraram um mestre para saber a diferença entre Conhecimento e Sabedoria. O mestre disse-lhes:
- Amanhã, bem cedo, coloquem dentro dos sapatos vinte grãos de feijão, dez em cada pé. Subam, em seguida, a montanha que se encontra junto a esta aldeia, até o ponto mais elevado, com os grãos dentro dos sapatos.
No dia seguinte os jovens discípulos começaram a subir o monte.
A meio do caminho, um deles passava por um grande sofrimento: os  pés estavam doloridos e ele reclamava muito. O outro subia naturalmente a montanha.
Quando chegaram ao topo, um estava com o semblante marcado pela dor; o outro, sorridente. Então, o que mais sofreu durante a subida perguntou ao colega:
- Como é que conseguiste realizar a tarefa do mestre com alegria, enquanto para mim foi uma verdadeira tortura?
O companheiro respondeu:
- Meu caro colega, ontem à noite cozinhei os vinte grãos de feijão.
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É comum que se confunda Conhecimento com Sabedoria, mas essas são coisas bem diferentes. Se prestarmos atenção, podemos verificar que a diferença é clara e visível.

O Conhecimento é o somatório das informações que adquirimos, é a base daquilo que chamamos de Cultura. Podemos adquirir Conhecimento sem sequer vivermos uma experiência fora dos livros e das aulas teóricas. Podemos tornar-nos Cultos sem sairmos da reclusão de uma biblioteca.

Já a Sabedoria, por outro lado, é o reflexo da vivência, na prática, quer pela experimentação, quer pela observação, da utilização dos conhecimentos previamente adquiridos. Para se ser Sábio é preciso viver, experimentar, ousar, ponderar, amar, respeitar, ver e ouvir a própria vida.
É preciso procurar, sim, o conhecimento, a informação. Deve-se atentar para não se tornar alguém fechado em si mesmo e no próprio processo de aprendizagem.
Fazer isso é o mesmo que iniciar uma viagem e encantar-se tanto com a estrada a ponto de se esquecer para onde se está a ir. E isso não parece ser uma atitude muito sábia. Então, sejamos Sábios : vivamos, amemos e compartilhemos o que há nos nossos corações!
E que saibamos cozinhar os nossos feijões…



terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

O Papa pede aos católicos que desliguem a TV para ler o Evangelho

O Papa Francisco pediu aos fiéis que dediquem pelo menos 15 minutos por dia ao Evangelho e destacou a esperança que vem de Jesus.
“Façam esta oração de contemplação. ‘Mas eu tenho tanto para fazer!’ Pega no Evangelho, em tua casa, 15 minutos, numa pequena passagem, imagina o que aconteceu e fala com Jesus sobre isso”, recomendou.

Segundo o Papa, é assim que se “faz crescer a esperança”, a "ter otimismo, ser positivo", porque se tem “o olhar fixo” em Jesus, em vez da “telenovela”, por exemplo.
“O teu ouvido estará fixo nas palavras de Jesus e não tanto nas bisbilhotices do vizinho, da vizinha”, acrescentou.

O Papa revelou que contempla e imagina Jesus sempre no meio da multidão, tendo passado a “maior parte da vida” na estrada com as pessoas, e recordou que o Evangelho apenas relata um episódio com Cristo a descansar: “Estava a dormir no barco mas veio a tempestade veio e os discípulos acordaram-no”.
“A oração de contemplação ajuda-nos a ter esperança”, frisou o Papa Francisco, que para além desta oração de contemplação, sugeriu que se reze “o rosário”.
“Assim, a nossa vida cristã move-se nesse quadro, entre memória e esperança", ...“memória do caminho passado, a memória de tantas graças recebidas do Senhor e a esperança vendo no Senhor que é o único que pode dar esperança”, concluiu.

Fonte: (Cidade do Vaticano, 03 fev 2015 (Ecclesia) – )