terça-feira, 13 de novembro de 2012

Uma lição de fé

Uma menina esperta de apenas seis anos de idade, ouviu os seus pais a conversar sobre o seu irmãozinho mais novo. Tudo o que ela sabia era que o irmãozinho estava muito doente e que estavam completamente sem dinheiro. Iriam mudar-se para um apartamento mais pequeno, no próximo mês, porque o seu pai não tinha recursos para pagar as contas do médico e o aluguer do apartamento. Somente uma intervenção cirúrgica muito cara poderia salvar o seu irmãozinho, e não havia ninguém que pudesse emprestar-lhes dinheiro. A menina ouviu o seu pai dizer à sua mãe chorosa, com um sussurro desesperado:
- Somente um milagre poderá salvá-lo.
A menina foi ao seu quarto e puxou o vidro de gelatina do seu esconderijo, no armário. Despejou todo o dinheiro que tinha no chão e contou-o cuidadosamente, três vezes. O total tinha que estar exacto. Não havia margem de erro. Colocou as moedas de volta no vidro com cuidado e fechou a tampa. Saiu devagarinho pela porta dos fundos e andou cinco quarteirões até chegar à farmácia. Esperou pacientemente que o farmacêutico a visse e lhe desse atenção, mas ele estava muito ocupado no momento. Ela, então, esfregou os pés no chão para fazer barulho, e nada! Limpou a garganta com o som mais alto que pode, mas nem assim foi notada. Por fim, pegou numa moeda e bateu no vidro da porta. Finalmente foi atendida!
- O que queres? - perguntou o farmacêutico com uma voz aborrecida. – Estou a conversar com o meu irmão que chegou de Chicago e que não vejo há séculos. - disse ele sem esperar resposta.
- Bem, eu quero falar-lhe sobre o meu irmão. - respondeu a menina no mesmo tom aborrecido. Ele está realmente doente... E eu quero comprar um milagre.
- Como? - balbuciou o farmacêutico admirado.
- Ele chama-se André e está com alguma coisa muito ruim a crescer dentro da sua cabeça e o meu pai disse que só um milagre poderá salvá-lo. E é por isso que eu estou aqui. Então, quanto custa um milagre?
- Não vendemos milagres aqui, menina. Desculpe, mas não posso ajudá-la. - respondeu o farmacêutico, com um tom mais suave.
- Escute, eu tenho o dinheiro para pagar. Se não for suficiente, conseguirei o resto. Por favor, diga-me quanto custa? - insistiu a pequena.
O irmão do farmacêutico era um homem bondoso. Deu um passo em frente e perguntou à menina: - Que tipo de milagre o teu irmão precisa?
- Não sei. - respondeu ela, levantando os olhos para ele. – Só sei que ele está muito mal e a mãe diz que precisa de ser operado. Como o pai não pode pagar, quero usar o meu dinheiro.
- Quanto é que tens? - perguntou o homem de Chicago.
- Cinco euros e onze cêntimos - respondeu a menina num sussurro. – É tudo que tenho, mas posso conseguir mais se for preciso.
- Puxa, que coincidência. - sorriu o homem. – Cinco euros e onze cêntimos ! Exactamente o preço de um milagre para irmãozinhos.
O homem pegou no dinheiro com uma mão e, dando a outra mão à menina, disse:
- Leva-me até à tua casa. Quero ver o teu irmão e conhecer os teus pais. Quero ver se tenho o tipo de milagre que tu precisas.
Aquele senhor bondoso era um cirurgião, especializado em Neurocirurgia. A operação foi feita com sucesso e sem custos. Alguns meses depois André estava em casa novamente, recuperado. A mãe e o pai comentavam alegremente sobre a sequência dos acontecimentos ocorridos.
- A cirurgia, - murmurou a mãe, - foi um milagre real. Gostaria de saber quanto custou!
A menina sorriu. Ela sabia exactamente quanto custa um milagre... Cinco euros e onze cêntimos mais a fé da menina.

(desconheço o autor)

Moral da história:
Deus coloca os recursos certos nos lugares exactos, para nós encontrarmos basta darmos um passo com fé e lá estará a resposta para "Aquele Problema" que não podemos resolver.
Confie no Senhor, e o mais... Ele fará. Não importa o quanto é grande o seu problema. O Nosso Deus, é o Deus do Impossível.



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